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Tiros e explosões no Parlamento do Canadá

Um atirador foi morto em Otava, no Canadá, na sequência de três tiroteios diferentes que ocorreram no Parlamento canadiano e que abalaram a cidade esta quarta-feira.

Vários tiros foram ouvidos dentro e fora do Parlamento do Canadá, na capital Otava, no leste do país, na manhã (hora local) desta quarta-feira.

A polícia de Otava confirmou que  houve também um tiroteio num shopping center próximo.

Testemunhas disseram ter visto um atirador a disparar com uma espingarda, junto ao Memorial Nacional da Guerra de Otava, pouco antes das 10h locais.

O atirador terá depois corrido em direcção aos edifícios governamentais, onde mais tiros foram ouvidos.

Segundo o deputado Marc Garneau, em declarações à BBC, há indícios de que havia mais do que um atirador envolvido no tiroteio no Parlamento.

A  CBC também relata que a Polícia de Otava está à procura de múltiplos suspeitos.

Um guarda do Parlamento ficou ferido. O governo confirmou que um soldado, que tinha sido alvejado pelo atirador, morreu.

Segundo uma mensagem publicada no Twitter pelo director de comunicação do governo, o primeiro-ministro canadiano, Stephen Harper, deixou o local em segurança.

Segundo a CBC e diversos parlamentares canadenses, o atirador foi morto, mas essa informação ainda não foi confirmada pelas autoridades.

Todos os edifícios do governo e uma universidade próxima do Parlamento estão fechados e isolados.

Risco de atentado

O incidente ocorreu horas depois de o país ter elevado seu nível de risco de terrorismo de baixo para médio.

Segundo as autoridades, tal fifou a dever-se a ter sido detectado na internet um aumento de interacções entre membros de grupos extremistas como o Estado Islâmico e a Al-Qaeda.

Este mês, o Canadá anunciou planos de se juntar aos ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos contra o “Estado Islâmico” no Iraque.

Um porta-voz do Ministério de Segurança Pública acrescentou que o nível de risco mais elevado “significa que um indivíduo ou um grupo no Canadá ou no exterior tem a intenção e capacidade de cometer um acto terrorista”.

Na segunda-feira, um muçulmano convertido foi morto pela Polícia da província do Quebec, também na região leste do Canadá, depois de agredir deliberadamente dois soldados, matando um deles e deixando o outro ferido.

O homem era um dos 90 militantes extremistas que estão a ser procurados pelas autoridades canadenses.

De acordo com a BBC, nenhum grupo extremista assumiu a autoria dos actos desta quarta-feira até o momento.

“O Canadá não será vítima do terror nem será intimidado”, declarou entretanto o ministro de Emprego e Desenvolvimento Social, Jason Kenney, em sua conta no Twitter.

ZAP / BBC

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