Tesoureiro do partido de Dilma levado para depor sobre supostos desvios na Petrobras

Marcelo Camargo / ABr

Dilma Rousseff, presidente do Brasil

Dilma Rousseff, presidente do Brasil

O tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), da Presidente brasileira, Dilma Rousseff, foi levado esta quinta-feira para depor sobre os supostos desvios de dinheiro na Petrobras, numa nova fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

João Vaccari Neto estava em São Paulo e foi alvo de um mandado de condução coerciva às autoridades, quando uma pessoa é levada para depor e depois é libertada, e de busca e apreensão em sua casa. O tesoureiro foi citado em depoimentos de ex-diretores da Petrobras como o operador da propina cobrada pelo PT.

Esta nona etapa da Operação Lava Jato emitiu 62 mandados: três de prisões temporárias, um de prisão preventiva, 18 de conduções coercivas e 40 de busca e apreensão, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Baía e Santa Catarina.

O objetivo desta nova fase da operação é agir principalmente nas empresas que intermediavam o pagamento de valores entre empreiteiras e políticos, e verificar suspeitas obtidas através de provas e de depoimentos de acusados que fizeram acordo com a Justiça, em troca de uma possível redução de pena.

A operação, que começou em março do ano passado, investiga suspeitas de corrupção, desvio de dinheiro e branqueamento de capitais envolvendo a Petrobras, empreiteiras e políticos.

Na quarta-feira, a Petrobras anunciou a renúncia da presidente Graça Foster, pressionada pelo escândalo das suspeitas de corrupção e o seu efeito negativo nos resultados financeiros da empresa.

Outros cinco diretores também renunciaram: Almir Guilherme Barbassa, Financeiro e de Relacionamento com Investidores; José Miranda Formigli, de Exploração e Produção; José Carlos Cosenza, de Abastecimento; José Alcides Santoro, de Gás e Energia; e José Antônio de Figueiredo, de Engenharia, Tecnologia e Materiais. Eles deixarão os seus cargos a partir de sexta-feira.

/Lusa

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