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Ter um filho pode ser mais deprimente que um divórcio ou uma morte

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Um novo estudo realizado na Alemanha revela que ter um bebé pode ser pior para o bem-estar mental de uma pessoa do que o divórcio ou a morte de um parceiro.

Parece horrível, não é? Como é que ter um filho pode ser deprimente?

É cedo para tirar grandes conclusões do estudo, que precisa de ser repetido para ser corroborado.

Mas os resultados são intrigantes e podem servir como base para reflectirmos sobre a fenómeno de formação de famílias no mundo actual.

O principal objectivo do estudo, desenvolvido por Rachel Margolis e Mikko Myrskylä e publicado na revista Demography, era explorar a razão pela qual a taxa de natalidade em muitos países desenvolvidos caiu e se manteve baixa.

Além disso, pretendia-se com a investigação descobrir porque é que muitas vezes há uma disparidade entre o número de filhos que as pessoas dizem que querem ter, e quantos realmente têm.

Os investigadores acompanharam 2.016 casais alemães sem filhos, desde o nascimento do seu primeiro bebé até cerca dos dois anos.

Os casais tiveram que responder repetidamente à pergunta “Quão satisfeito está com sua vida, considerando todas as coisas?”, com uma resposta entre 0 (totalmente insatisfeito) a 10 (totalmente satisfeito).

Os casais estavam em geral satisfeitos antes do nascimento do seu bebé, com a felicidade a crescer com a antecipação da gravidez.

No entanto, após o nascimento da criança, apenas 30% dos pais relataram os mesmos ou maiores níveis de satisfação.

Os restantes casais, 70%, disseram que a sua felicidade tinha diminuído.

Entre os novos pais que ficaram menos felizes, 37% reportaram uma queda de uma unidade, 19%  uma queda de duas unidades, e 17% uma queda de três unidades.

Os resultados foram considerado muito graves.

Por que tão triste?

Por que ter um recém-nascido resulta em tanto descontentamento?

Provavelmente, porque esses primeiros anos são difíceis, repletos de noites sem dormir e desafios anteriormente desconhecidos.

Aliás, um estudo de 2011, publicado no Population and Development Review, mostrou que ter filhos traz uma queda de felicidade nos primeiros anos, mas um aumento na felicidade geral mais tarde, quando eles já não dependem mais dos pais – e param de chupar toda a alegria das suas almas.

No estudo agora apresentado, os desafios da paternidade foram divididos em três categorias, que afectaram o desejo de ter mais filhos.

Primeiro foram considerados problemas de saúde na gravidez, sentidos por ambos os sexos. Depois foram consideradas as complicações durante o parto. E na terceira categoria, o desafio contínuo da educação dos filhos.

Os pais relataram cansaço devido a problemas amamentação, privação do sono, depressão, isolamento doméstico e pioria do relacionamento conjugal.

Outra descoberta surpreende da pesquisa é que a queda de felicidade registada foi extrema em comparação com outros estudos que utilizaram as mesmas medidas.

O divórcio provocou queda de 0,6 na felicidade, por exemplo, e a morte de um cônjuge ou parceiro a 1,0.

Mas ter um bebé levou a uma queda média de 1,4 na felicidade das pessoas, e muitos pais que tinham indicado o desejo de ter mais filhos pararam depois do primeiro.

A reacção foi particularmente notória para pais mais velhos e com níveis mais elevados de educação.

A conclusão da investigação é de que os casais devem considerar a mudança que a sua vida sofrerá antes de tomar a decisão de ter um filho.

Ou então, simplesmente ignore o estudo, e deixe que a alegria entre (de vez em quando) no seu lar.

ZAP / HypeScience

6 Comments

  1. Que merda de estudos estes……
    Então os nossos pais e avós teriam todos morrido de depressão…. com tantos filhos que tinham….
    Que tristes.
    O que está em causa é o consumismo e a escravidão no trabalho.
    As pessoas querem tudo, e num curto espaço de tempo e querem o seu comodismo….
    As depressões e as noites sem dormir, são consequências disso e também dos horários de trabalho dos pais e das mães, que mais parecem escravos e dos divorcios litigiosos que florescem como cogumelos…..
    etc etc

  2. Que estupidez… Eu fiquei felicíssima com a minha gravidez e com o nascimento do meu filho. E continuo felicíssima com o nascimento agora dos meus queridos netos!! E se efectivamente há gente neste mundo que assim se sente, considero-os uns verdadeiros “tristes”, melhor dizendo…verdadeiros “trastes”…

  3. Só comentários parvos! Não compreendem que as mulheres antigamente estavam em casa a cuidar dos filhos. Agora a mulher trabalha tanto ou mais que um homem. Tem vida profissional, tem pressão laboral!Vejam quantas mulheres gozam os meses todos de licença. Povo de ignorantes o nosso.

    • Parvo deve ser o senhor. E se não sabe ler… aprenda…. as novas oportunidades est
      ão aí!!!
      O titulo da noticia diz “Ter um filho pode ser mais deprimente que um divórcio ou uma morte ”
      Claro que a mulher não não tem a vida de antigamente….. mas nem o homem a tem….
      O homem atual ajuda muito mais em casa com os filhos do que noutros tempos.
      Mas na verdade a noticia nem fala nada disso….
      Fala apenas que ter um filho pode ser mais deprimente que um divorcio ou uma morte….
      Ainda por cima, na alemanha, que os direitos laborais e parentais são muito mas muito mais beneficos que em portugal……
      Não concordo com a porcaria do estudo, nem com esta noticia da treta.
      As pessoas antes de terem um filho ou mais têm de ter noção das dificuldades e das exigencias que terão mas também sabem que vão ter muitas alegrias.
      Quem não quer filhos não é obrigado…. já existem muitos casais q decidiram não ter filhos…..egoismo ou não…. cada um sabe de si.

      Por isso vá-se tratar.

  4. Não percebo. Só um egoísmo e um egocentrismo bem grandes é que justificam os resultados do estudo. Quando se vive “à alemã” (i.e., muito bem) provavelmente tudo, incluindo o parceiro e a descendência, são extensões para a satisfação pessoal. É mesmo estranho.

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