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Tate Britain convida os visitantes a ouvir e cheirar os seus quadros

“Tate Sensorium” é a nova zona do museu Tate Britain, em Londres, e traz aos visitantes uma experiência que vai para além da observação de quadros.

A nova zona do museu londrino, “Tate Sensorium”, abriu esta semana e quer que os quadros apelem aos cinco sentidos dos visitantes, segundo o The Guardian.

“O que estamos a fazer é testar com o público uma nova forma de apresentar e experienciar arte”, explica Tony Guillan, produtor multimédia do museu.

A ideia surgiu de um estúdio criativo em Londres, chamado Flying Object, e tem como objetivo usar a tecnologia para cativar o público a visitar a vasta coleção de arte britânica do museu.

“Nós queríamos entrar no espaço do museu e fazer algo que brincasse com a perspetiva de experienciar arte”, diz Tom Pursey, o co-fundador do estúdio.

Entre as obras escolhidas para esta experiência, é possível encontrar o “Figure in a Landscape”, um quadro de Francis Bacon.

À primeira vista, o quadro mostra um cenário cinzento, no qual um corpo sombrio aparece num banco.

Agora, acompanhado por um par de auscultadores, o quadro transporta-nos até uma cidade movimentada, no qual se pode ouvir a sua azáfama, os barulhos de uma construção e até risos de crianças.

Para além disso, a amargura dos chocolates estrategicamente colocados em frente da obra, pretende ainda estimular o olfato de quem a observa para reforçar a dureza da cidade.

Já no quadro “Interior II”, de Richard Hamilton, odores como o cheiro de laca de cabelo misturada com ruídos provenientes de uma casa permitem aos visitantes ir para além do que a pintura mostra.

Para além disso, existe o som de papel a ser cortado e o cheiro da cola para representar a colagem feita por Hamilton.

Os visitantes têm ainda a possibilidade de ter uma pulseira que regista as reações da pele.

“Basicamente, o suor da pele permite inferir quão intensa a experiência com os quadros pode ser”, explica Marianna Obrist, uma especialista em tecnologias interativas da Universidade de Sussex.

Combinando esses registos com questionários, a especialista quer explorar os dados para perceber como os visitantes respondem a esta nova zona do museu, que estará aberta até 20 de setembro.

ZAP

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