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TAP suspende voos para Bissau

Pedro Aragão / Wikimedia

foto: Pedro Aragão / wikimedia

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A TAP anunciou hoje a suspensão da operação para Bissau “perante a grave quebra de segurança ocorrida” no embarque de um voo para Lisboa na terça-feira, que implicou o transporte de 74 passageiros sírios com passaportes falsos.

Em comunicado, a TAP refere que, “perante a grave quebra de segurança ocorrida na fase de embarque do voo da TAP TP202 de Bissau para Lisboa na madrugada do dia 10 de Dezembro, que implicou o embarque de 74 passageiros com documentos comprovadamente falsos, a rota Lisboa/Bissau/Lisboa encontra-se suspensa até uma completa avaliação das condições de segurança no aeroporto” da capital da Guiné-Bissau.

A decisão foi tomada depois dos tripulantes do voo terem sido coagidos, com uma arma de fogo, e obrigados a transportar o grupo de refugiados Sírios para Portugal.

A companhia aérea adianta que está a “desenvolver esforços para minimizar o impacto” desta suspensão para os passageiros, estando, “designadamente, a procurar ligações alternativas”.

A TAP tinha até agora três voos semanais (segunda-feira, quinta-feira e sábado) para a Guiné-Bissau.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da companhia disse que a ocupação dos voos “é alta, especialmente nesta altura do ano” (Natal e fim de ano), sem avançar números.

Um grupo de 74 passageiros sírios proveniente de um voo da Guiné-Bissau foi, na terça-feira, retido no aeroporto de Lisboa por uso de passaportes falsificados da Turquia.

Segundo o Instituto da Segurança Social (ISS) o grupo de refugiados é constituído por 51 adultos e 23 menores.

“Neste momento, o Instituto da Segurança Social está a efectuar a avaliação e caracterização individual e familiar de todos os envolvidos de forma a garantir respostas de vida integradas que respeitem em absoluto as suas características e direitos”, refere uma nota do ISS.

A presidente do Conselho Português de Refugiados (CPR), Teresa Tito Morais, afirmou à agência Lusa que os refugiados já pediram asilo político a Portugal, adiantando que vão ficar no país até ao fim do processo de estatuto de refugiados, que está a ser analisado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

ZAP/Lusa

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