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Suspeitos de ataque aos sites do estado aguardam em liberdade (sem internet)

Os oito detidos na quinta-feira pela Polícia Judiciária por pirataria informática vão aguardar o desenrolar do processo em liberdade, mediante apresentação quinzenal em posto policial e proibição de aceder à Internet, disse à Lusa fonte ligada ao processo.

Os suspeitos ficarão também sujeitos a outras medidas de coacção, como proibição de contactos com outros arguidos por qualquer meio, proibição de compra de equipamentos que permitam o acesso à Internet e proibição de celebração de contratos de prestação de serviços que permitam o acesso à Internet.

Os detidos eram suspeitos da prática dos crimes de sabotagem informática, dano informático, acesso ilegítimo e acesso indevido a diversos sistemas informáticos do Estado e também de empresas do sector privado.

As detenções ocorreram após a Directoria de Lisboa da PJ, em articulação com o Gabinete do Cibercrime da Procuradoria-Geral da República, desenvolver em vários pontos do território nacional uma vasta operação de combate à criminalidade informática e tecnológica, designadamente à actividade ilícita conhecida como “hacktivismo”.

Fonte policial revelou, na altura, à Lusa que uma das buscas incidiu sobre o Tugaleaks, que se apresenta como um órgão de comunicação social inspirado no Wikileaks.

Um dos detidos, Rui Cruz, é o fundador do site, que se apresenta como o “Wikileaks Português”.

Quanto aos detidos, com idades entre 17 e 40 anos e que residem nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, a fonte precisou que “pertencem ao Anonymous Portugal e a outros grupos associados”.

Segundo a PJ, a investigação iniciou-se em abril de 2014, tendo-se agora, após recolha de informação e de material probatório, desenvolvido com a realização de 24 buscas domiciliárias e a detenção dos presumíveis autores, um deles de sexo feminino.

“A atividade destes grupos centrava-se no ataque frequente e lesivo a sistemas informáticos institucionais, públicos e privados, sendo que as consequências práticas do cometimento destes tipos de crimes conduzem à inesperada inoperabilidade institucional dos mesmos, com os prejuízos daí resultantes”, refere a PJ.

A operação permitiu a apreensão de dezenas de sistemas informáticos, que serão objecto de análise forense digital.

/Lusa

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