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Sócrates pedia “fotocópias” a Santos Silva quando queria dinheiro

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José Goulão / Wikimedia

O ex-primeiro-ministro José Sócrates

O ex-primeiro-ministro José Sócrates

José Sócrates e o seu amigo Carlos Santos Silva usariam uma linguagem cifrada nos telefonemas entre si, sempre que o assunto era dinheiro, uma informação que a acusação usa como prova de que não estavam em causa meros empréstimos e que a defesa pretende contraditar.

O Diário de Notícias revela, na sua edição desta quarta-feira, que José Sócrates e Carlos Santos Silva se referiam a “fotocópias” sempre que falavam de dinheiro. Uma ideia que constará das escutas telefónicas feitas aos dois arguidos do processo Operação Marquês e que o Procurador do Ministério Público Rosário Teixeira, responsável pelo caso, estará a usar como prova de que as elevadas quantias transferidas pelo empresário para a conta do ex-primeiro-ministro não se referiam a meros empréstimos.

Esta refutação, assente no uso de linguagem cifrada, constará da resposta dada pelo Procurador aos recursos apresentados por José Sócrates e por Carlos Santos Silva contra a medida de coacção de prisão preventiva.

O Diário de Notícias acrescenta que o procurador do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) também terá dado “exemplos de outras expressões” utilizadas para substituir a palavra dinheiro.

E as vigilâncias efectuadas ao motorista de José Sócrates, João Perna, terão igualmente detectado que o dinheiro circulava escondido e não “às claras”, em mais um indício de que não estarão em causa simples empréstimos entre amigos.

Confrontado com estes dados pelo Diário de Notícias, o advogado de José Sócrates, João Araújo, frisa apenas que “tudo o que é alegado pode e deve ser contraditado”, dando a ideia de que será isso mesmo o que fará.

Entretanto, o Movimento Revolução Branca (MRB) anunciou que foi admitido pelo juiz Carlos Alexandre como assistente no processo.

O líder do movimento, Pedro Pereira Pinto, afirmou à agência Lusa que “o MRB tinha apresentado o pedido de constituição de assistente no dia a seguir à detenção de José Sócrates. Neste momento, fomos aceites e vamos aguardar pelo desenrolar do processo para agir”.

O movimnto visa combater a “corrupção” e promover a “moralização do Estado” e “dos serventes do Estado”, e Pedro Pinto declara que “na altura, quando fizemos o pedido, fizemo-lo porque achamos que a Operação Marquês é socialmente grave”.

SV, ZAP

5 Comments

  1. Pois é, fotocópias…já lhe chamaram muita coisa mas essa expressão só é possível de alguém que é um verdadeiro trafulha.E o PS metido nisso e não se desmarca desse artista.
    Será que o velho gágá também falava em fotocópias no caso do fax de Macau? Ou era mais patacas com o seu amigo Melância e outros pulhas desse partido defensor da transparência…
    E o que diz o Sr. Engº Cravinho ? Anda quedo e mudo com isto tudo vá-se lá saber porquê?

  2. Talvez esta coisa das fotocópias tenha sido um habito de estudo que adquiriu quando ia aos domingos para a Faculdade de Engenharia para terminar a sua mais que suada e merecida Licenciatura.
    Penso eu de que…

  3. Se fosse só este caso eramos uns heróis,o problema é que são muitos e ainda não chegou a hora de os prender todos, mas devagarinho chegamos lá , os que riem em ultimo são os que riem melhor

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