Síria bombardeou mais importante museu sírio de mosaicos

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FreedomHouse / Flickr

Bombardeamento em Aleppo, na Síria, guerra contra o terrorismo do Estado Islâmico

Bombardeamento em Aleppo, na Síria, guerra contra o terrorismo do Estado Islâmico

O mais conhecido museu sírio de mosaicos, em Maarat al-Noomane, uma zona controlada pelos rebeldes na Síria, foi severamente danificado pela explosão de dois barris de explosivos largados pela aviação do regime, anunciou hoje uma organização não governamental (ONG).

As ONG internacionais alertam regularmente para a utilização de barris de explosivos pelo regime de Bashar al-Assad, que nega recorrer ao uso deste tipo de armas mortíferas.

Em comunicado, Cheikhmous Ali, diretor da Associação para a Proteção da Arqueologia da Síria (APSA), com sede em Estrasburgo, França, afirmou que o museu, situado num antigo posto comercial otomano de Khan Mourad Pasha datado de 1563, “sofreu uma destruição maciça causada por dois barris de TNT (explosivo de grande potência) lançados na segunda-feira por um helicóptero das forças armadas sírias”.

Vários painéis de mosaicos, expostos no pórtico leste, foram destruídos. Dois painéis retangulares que representam motivos geométricos foram também bastante danificados e quatro outros, de forma circular, sofreram danos menos relevantes, sobretudo furos provocados pelos estilhaços.

Também o edifício sofreu danos graves, sobretudo a mesquita que ali se encontra.

O museu reúne mais de 2.000 metros quadrados de mosaicos antigos.

O diretor geral do departamento sírio de museus e antiguidades, Maamoun Abdulkarim, lamentou, em declarações à agência francesa AFP, “mais uma tragédia para o património sírio“, mas recusou atribuir responsáveis ao ataque.

“É preciso atribuir aos museus a sua neutralidade, e ninguém, qualquer que seja o lado que defende, tem o direito de tocar na memória do nosso país”, declarou o responsável.

Mais de 300 locais de valor incalculável para a Humanidade foram destruídos, danificados ou pilhados no decorrer da guerra na Síria, alertaram as Nações Unidas em finais de dezembro de 2014, com base em imagens de satélite.

/Lusa

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