Serviço de Urgências recusou socorrer mulher que caiu à entrada do hospital

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Tânia Rêgo / ABr

O Serviço de Urgências do Hospital do Barreiro terá recusado atender uma mulher que caiu perto da entrada da unidade de saúde. A senhora de 64 anos terá ficado cerca de uma hora estendida no chão e só terá sido socorrida depois de alguém telefonar para o 112.

Diário de Notícias avança que o caso foi denunciado no Facebook, sublinhando que o episódio aconteceu na noite de sexta-feira passada, 10 de Julho.

A administração do Hospital do Barreiro já estará a analisar o que aconteceu, nomeadamente porque é que a equipa do Serviço de Urgências se terá recusado a assistir a vítima, conforme relata a testemunha que relatou a situação.

O Diário de Notícias sustenta que a vítima terá caído de uma rampa de acesso, “junto à entrada principal do Hospital”, e que “terá ficado imóvel no chão durante quase uma hora“, havendo várias imagens da vítima deitada na estrada de alcatrão a cerca de 15 metros da entrada do edifício.

A senhora estaria sozinha e o pedido de ajuda ao Serviço de Urgências do Hospital terá sido feito por pessoas que se encontravam nas proximidades.

A testemunha que relatou o caso conta que a resposta de quem estava de serviço foi que voltassem para junto da vítima e que ligassem ao 112 a pedir uma ambulância”. “Nem sequer se dignaram ir ver o estado da vítima”, cita o DN.

A vítima só terá recebido assistência médica após cerca de uma hora e depois de alguém ter telefonado para o 112. O auxílio foi-lhe prestado por uma equipa de emergência dos bombeiros.

A Ordem dos Médicos já veio condenar o caso, admitindo que os profissionais de saúde envolvidos terão violado o  Código Deontológico.

ZAP

16 Comments

  1. A culpa não do Ministro da saúde. A culpa é do governo…
    A poucos metros do hospital significa fora da unidade hospitalar; O pessoal em serviço numa unidade hospitalar não pode abandonar o local de serviço, logo não presta serviço fora; Os presentes, bem, não interferiram apenas demoraram a chamar auxílio (112); A infeliz acidentada, independentemente dos cuidados necessários só poderia ser socorrida por serviços competentes veiculados pelo 112; Se a vítima tivesse uma costela partida em vias de perfurar o coração e “batesse os paus” de quem era a responsabilidade? Das competências do transportador? Da maca utilizada? Da forma de imobilização? Por isso o INEM tem meios humanos e técnicios especializados que são activados conforme as exigências. UMA NÃO NOTÍCIA.

    • Por favor Xlote, não nos queira tapar o sol com a peneira…
      Toda a gente sabe que o pessoal sempre sai do local de trabalho pelos motivos mais fúteis!…

    • Até saem para vir fumar o seu cigarrinho, deixe-se de tretas e de culpar o governo culpe sim a falta de profissionalismo e humanismo dos profissionais em questão ou você quer um governante atrás de cada funcionário, no mesmo dia surgiu a noticia de que um juiz se pôs em fuga após ter atropelado alguém sem prestar assistência parece que já reincidente em caso idêntico e que os agentes da GNR não o puderam prender por se tratar de um juiz, aqui sim existem culpas não de um governo mas de um parlamento que aprova tal barbaridade e certamente de uma Constituição terceiro-mundista que é o que afinal somos a julgar por estes dois casos incríveis.

  2. O XLOTE deve pertencer à equipa médica que não socorreu a cidadã em caUsa, a qual paga impostos para lhe pagarem um salário!!!!
    ESSA ARGUMENTAÇÃO NÃO FAZ O MÍNIMO SENTIDO!!!!
    Que profissionais são esses que só sabem cuidar de uma urgência das portas para dentro?
    Não saberão fazer um diagnóstico e prestar os primeiros cuidados numa situação destas?
    Se não sabem, então está na hora de irem estudar mais e que venham médicos espanhóis, que pelo menos são mais atenciosos e humanos!!!!
    VERGONHA!!!!

    • Imagine-se numa urgência e algo acontecer-lhe por causa de quem o devia auxiliar se ausentar para prestar auxílio a um doente que nem sequer estava no hospital, qto mais por inscrever?

  3. Ainda bem que os médicos fazem o Juramento de Hipócrates, ou estará mais para hipócritas??

    Extremamente humanos…

    Mantenham as médias altas, e não deixem os que têm verdadeira vocação entrar, alimentem o lobby…. depois é só escumalha interesseira….

  4. O que comenta XELOX, é verdadeiramente exacto. São normas impostas à secretária por estúpidos burocratas que não sabem destas situações e desconhecem tudo à sua volta.Quanto aos funcionários se m espirito de iniciativa M.orrem de medo e não têm qualquer tipo de in dependencia, sempre com receio de perderem o emprego.
    Uma cambada de maus cidadãos e de gente incapaz.

  5. Mas é claro que tem de chamar o 112, até podiam ter 50 ambulâncias na porta das urgências mas existe uma coisa muito bonita que faz parte da burocracia
    A ESTATÍSTICA
    E se este país vive tanto na base disso, da estatística, de sondagens, de casillas e de mordomias e por aí fora

  6. Há por aqui os munidos de “esterilidades” a evocar peneiras ao sol confundidos com pelas palas que realmente portam… Só não conseguem é vê-las. E qto a notícias só as “gordas” imperam.

  7. É vergonhoso que um protocolo seja mais importante do que uma vida humana. Em Março deste ano, em frente ao Hospital Geral de Santo António, no Porto, aconteceu exactamente o mesmo, com a agravante que estava uma equipa do INEM na porta da urgência e com agravante de resultado: o senhor morreu sem assistência. E não foi por falta de esforços de quem, atónito e impotente, presenciava tudo. O INEM não atendia a chamada e se alguém fez alguma coisa para tentar salvá-lo foi um enfermeiro que passava no passeio. Eu tinha ido pedir ajuda à equipa do INEM e disseram-me que tinha que seguir o protocolo, ou seja, telefonar!!! Disse-lhes que o senhor estava a morrer e nem assim. Só quando viram que havia alguém a fazer massagem cardíaca é que foi o enfermeiro. Quando o enfermeiro chegou e viu a gravidade da situação, chamou o resto da equipa que se deslocou munida do desfibrilhador, mas demasiado tarde!
    Nesse momento também já foi a maca da urgência, a mesma que 20 minutos antes se recusaram a levar para o transportar para dentro da urgência!!!
    Nesse momento, confesso, tive vergonha de viver num país onde as estatísticas e os protocolos valem mais que uma vida humana. Tive vergonha de viver num país com regras tão absurdas!
    Mas mais do que isso, tive vergonha de viver num país com profissionais de saúde assim, que não quebram as regras por um Bem Maior, a VIDA!

  8. Nenhuma organização é perfeita. Antecede à própria lei o senso comum e eventuais desvios são regulados por códigos e também eles enfermam de imperfeições, qto mais os desvios do senso comum – pessoas – para mais competências que aqui discutimos ! Emoções vs pragmatismos.
    Aconteceu a um amigo
    Estar num hospital após 20 minutos de perder a visão total de uma vista. Esperar pela triagem. Insistir na urgência. Esperar pela vez. Ser visto por um oftalmologista que nada detecta. Ao fim de 8 horas de espera por exames um familiar é informado da situação e de fora para dentro um especialista informa o serviço (10 horas depois) de que a situação requeria urgentemente uma ‘sangria’ 425ml (flebotomia)… Após a qual recupera 20% da visão. Durante um ano faz 6 flebotomias… Após o que ficou a saber que se a liquefação do sangue tivesse ocorrido nas 2 primeiras horas a possibilidade de recuperação tinha fortes probabilidades de ser total!
    Estava lá. Todos estavam lá. A triagem obedece a trâmites… Os médicos não estão acessíveis. O especialista não vê o que outros dois à lupa viram em 3 ou 4 segundos – obstrução da artéria principal da retina – e isto porque o doente percorreu, procurou no hospital outro oftalmologista e apesar da instrução do exterior 4 horas antes(!!!) 14 Horas (10h ~24h) depois de lá ter entrado lá lhe fizeram a tal ‘sangria’ – sangue por soro

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