Opositora de Duterte detida e acusada de tráfico de droga

Prachatai / Flickr

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte

A principal opositora à campanha contra a drogas do Presidente filipino Rodrigo Duterte foi detida esta sexta-feira por acusações que diz terem como objetivo o seu silenciamento, mas comprometeu-se a continuar a lutar contra o “assassino em série sociopata”.

Minutos antes de ser detida por polícia armada, a senadora Leila de Lima disse aos jornalistas que é inocente, no que toca às acusações de tráfico de droga que a podem deixar na prisão para o resto da vida.

“É uma honra ser detida por aquilo por que luto. Por favor, rezem por mim”, disse Lima, de 57 anos, junto ao seu gabinete no Senado, onde tinha procurado refúgio temporário durante a noite, após um mandado de detenção emitido na quinta-feira.

Não vão ser capazes de me silenciar e de me impedir de lutar pela verdade e justiça e contra as matanças diárias e repressão do regime de Duterte”, afirmou.

Lima gravou também um vídeo, antes de ser detida, em que apela aos filipinos para mostrarem coragem e se oporem à campanha antidroga de Duterte, que já causou a morte de mais de 6.500 pessoas desde que o Presidente tomou posse, há oito meses.

“Não há dúvida de que o nosso Presidente é um homicida e um assassino em série sociopata”, disse no vídeo que publicou no Facebook.

Alex Nuevaespaña / Wikimedia

A senadora Leila de Lima

A senadora Leila de Lima

A senadora, antiga comissária para os direitos humanos, também afirmou que a sua detenção foi um ato de vingança pelos seus esforços de mais de uma década para expor Duterte como líder de esquadrões da morte durante o período em que foi presidente da câmara da cidade de Davao.

Em agosto, Duterte acusou pela primeira vez Lima de gerir uma rede de tráfico de droga com criminosos dentro da maior prisão do país, na altura em que era secretária da Justiça do anterior Governo. “Vou ter de a destruir em público“, afirmou Duterte na altura.

Na semana passada, Lima foi acusada de três crimes de tráfico de droga.

// Lusa

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