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Saudita presa (e arrasada no Twitter) por publicar foto sem véu

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(dr) Malak al Shehri / Twitter

Malak al Shehri

Malak al Shehri

A polícia da Arábia Saudita prendeu uma mulher por ter tirado seu véu em público e ter divulgado as imagens no Twitter – uma acção arrojada, num país ultraconservador onde as mulheres estão submetidas a proibições e leis restritivas.

Um porta-voz da polícia citado pela agência AFP anunciou esta segunda-feira a detenção da mulher, sem revelar o seu nome, por violação das leis islâmicas que proíbem as mulheres de expor publicamente o seu rosto.

De acordo com o Segundo o The Guardian, a mulher foi no entanto identificada nas redes sociais como Malak al Shehri.

A polícia agiu ante a “violação dos costumes”, detalhou o porta-voz em comunicado. “A acção desta mulher viola as leis em vigor no país”, reiterou, fazendo um apelo a que se “subscrevam os ensinamentos do islão”.

A mulher “publicou um tweet onde aparece de pé, sem véu, perto de um conhecido café em Riad”, prosseguiu a polícia.

Al Sheri foi também acusada de “falar abertamente de relações proibidas com homens” com os quais não tem nenhum parentesco.

A acusada, de cerca de 20 anos, foi “transferida para uma prisão para mulheres” e seu caso terá agora de ser objecto de novas investigações.

A sua imagem, sem véu, na rua principal de Riad, foi publicada no Twitter no fim do mês passado, e provocou uma onda de indignação no país.

Segundo o NY Times, milhares de utilizadores das redes sociais publicaram na altura comentários exigindo a punição de al Shehri, cujo nome significa “Anjo”.

Em alguns casos, utilizadores enfurecidos exigem a morte de Malak al Shehri, com comentários como “matem-na e atirem o seu corpo aos cães” e “queremos sangue”.

A Arábia Saudita aplica uma versão rigorosa do Islão, que entre outras medidas impõe às mulheres que se cubram em público com o véu islâmico.

É o único país no mundo que proíbe as mulheres de conduzir. Também têm que ter autorização de um homem – um tutor – para trabalhar, viajar ou casar, e não podem comer sozinhas num restaurante.

ZAP / Ciberia

9 Comments

  1. A Arábia Saudita em pouco difere do DAESH. Naquele país cortam-se cabeças, as mulheres são oprimidas e não há democracia. Em que é que isto é diferente do que acontece dentro do DAESH?

  2. Pois mas a Arábia Saudita com outras monarquias petrolíferas da zona, sob comando do Império dos Cowboys, são os mentores e financiadores da muito democrática oposição terrorista na Síria e outros países assolados com este flagelo.

  3. Arriscar-se a levar com 200 chibatadas em publico, na melhor das hipóteses, ou ser morta, das duas uma, ou é completamente estúpida ou é masoquista.

  4. Como cidadão europeu, esta gente que se desloca para a Europa, só na condição de respeitarem os princípios ocidentais ou seja, andarem vestidas e vestidos como gente, que pratiquem a sua religião nos locais próprios. Na Europa, as pessoas andam de cara destapada.

    • Completamente de acordo.
      “Em Roma sê Romano”
      Se vêm por questões humanitárias, deve ser sob a condição de terem respeito por quem os acolhe. Não há respeito…fora com eles!

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