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Sarampo e rubéola erradicados em Portugal

USACE Europe District / Flickr

A Organização Mundial de Saúde reconheceu oficialmente a eliminação do sarampo e da rubéola em Portugal, mas o diretor-geral da Saúde alerta para a importância de se manter a vacinação contra estas doenças.

“A OMS certificou a eliminação do sarampo e da rubéola em Portugal. São grandes vitórias, grandes conquistas, feitos muito importantes, resultado do Programa de Vacinação, que conseguiu acabar com este risco”, afirmou esta segunda-feira Francisco George aos jornalistas, lembrando que o sarampo é uma doença especialmente grave em crianças.

O diretor-geral da Saúde admite que a vacinação pode ser o “maior inimigo” da própria vacinação. Não “se vendo a doença”, que foi eliminada pelas vacinas, corre-se o risco de não continuar a imunizar as crianças.

“As mães não sabem hoje em dia o que é o sarampo. Ele não existe, não circula. É fundamental continuar a vacinar, garantir a imunização de grupo”.

Em declarações aos jornalistas à margem de uma cerimónia em Loures, Francisco George salientou a importância de assegurar que há uma barreira de proteção se um caso de sarampo vier eventualmente a ser importado (através de viajantes, de migrantes ou turistas).

É preciso continuar a vacinar contra o sarampo e a rubéola apesar de não termos em Portugal a circulação dos vírus”, insistiu.

Segundo o Diário de Notícias, os últimos casos de sarampo registados em Portugal foram apenas oito, entre 2011 e 2014, e todos eles importados de pessoas que vieram infetadas de outros países.

Além destas duas doenças, a OMS também já certificou a eliminação no nosso país da malária, varíola e poliomielite.

De acordo com o DN, há ainda mais duas doenças que já não circulam em Portugal: a difteria e a raiva humana.

“Existem muito poucos países com resultados semelhantes aos nossos. Temos uma saúde pública muito avançada e é por isso que temos dos melhores resultados de mortalidade infantil”, diz Francisco George, citado pelo diário.

ZAP / Lusa

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