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Robôs autónomos competem em tarefas domésticas no RoCKIn 2015 Lisboa

Uma casa onde os robôs se movimentam, falam naturalmente com as pessoas e reconhecem objetos domésticos, como copos, talheres, chávenas, é um dos cenários do campeonato internacional de robótica, que hoje começou em Lisboa.

Coordenada pelo Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, a competição RoCKIn 2015, que decorre no Parque das Nações até segunda-feira, reúne 13 equipas de universidades de Portugal, Alemanha, México, Grécia, Espanha e Reino Unido, num total de cerca de 150 participantes.

Durante a iniciativa, realizada no âmbito de um projeto europeu que visa promover a investigação e o desenvolvimento em robótica através de competições de robôs, as equipas mostram os seus robôs a competir em ambientes domésticos e industriais realistas.

Para criar o ambiente doméstico, foi construída uma casa com uma sala e um quarto, onde os robôs das diferentes equipas, através de sensores e computares, se deslocam entre as duas divisões, falam e reconhecem os vários objetos domésticos que estão de cima dos móveis.

É neste ambiente que a equipa portuguesa dos alunos de engenharia eletrotécnica do Instituto Superior Técnico participa ao apresentar um robô que faz várias tarefas em casa de forma autónoma.

“A nossa equipa concorre na prova com um robô que vai buscar objetos, interage de uma forma natural com as pessoas, usando voz, e navega pela casa, podendo encontrar objetos que podem dificultar a sua locomoção”, disse à agência Lusa o coordenador da equipa, Rodrigo Ventura.

“É um conjunto de provas que testa a capacidade de robôs para fazer essas tarefas de uma forma completamente autónoma”, acrescenta o responsável.

O professor adiantou que “o grande desafio é conseguir integrar um conjunto de capacidades” e fazer todas as tarefas “de uma forma coerente e muito robusta, porque isto é uma prova e tem de funcionar logo à primeira“, porque se a equipa falhar sai da competição.

Rodrigo Ventura explicou que cada equipa é pontuada de acordo com as suas capacidades.

O professor disse ainda que há “imensas equipas em Portugal em termos de robótica”, que têm tido “resultados de topo” e alcançado os primeiros prémios em várias competições.

Maria Braga, aluna do mestrado de eletrotécnica no IST, participa pela terceira vez neste tipo de campeonatos para ganhar experiência, corrigir erros e conseguir resolver problemas inesperados em ambiente de pressão.

“Participo nestes campeonatos para testar todos os temas que vamos apreendendo e programando ao longo do tempo”, disse a aluna à agência Lusa, quando se preparava para entrar em prova.

Maria Braga considerou, ainda, que participar em iniciativas deste género “é muito gratificante, porque ao fim de vários meses a programar, testar e a corrigir erros, finalmente o robô executa as tarefas do princípio ao fim sem falhar”.

Os vencedores do campeonato de são conhecidos na segunda-feira.

/Lusa

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