Uma novidade que pode revolucionar a área das baterias baseia-se, curiosamente, em tecnologia desenvolvida há quase meio século atrás… para as lentes de contacto.
Na verdade a revolução é sobre um concorrente das baterias: os super-condensadores. Um componente que tem enorme potencial, com tempos de carregamento instantâneos e um número praticamente ilimitado de ciclos de carga/descarga, mas cuja aplicação prática tem sido travada pela baixa densidade energética que conseguem armazenar.
Os super-condensadores atuais têm uma capacidade de apenas 5Wh por quilograma, o que os deixa em completa desvantagem face às baterias de lítio que podem atingir 100Wh/kg.
Contudo, um avanço conseguido à custa de tecnologia emprestada do processo de fabrico das lentes de contacto flexíveis promete melhorar a capacidade dos super-condensadores entre mil e 10 mil vezes! Se isso for conseguido, estaremos perante a revolução das “baterias” que há muito se aguarda.
A pesquisa é baseada no desenvolvimento de um polímero foi desenvolvida por investigadores do Departamento de Engenharia Aeroespacial da Universidade de Surrey, no Reino Unido.
Segundo a Bloomberg, para além de obliterarem por completo a capacidade das baterias de lítio, por várias ordens de magnitude, estes super-condensadores transformariam por completo o mundo, pois é preciso ter em conta que superariam até a densidade energética da gasolina (com 2500Wh/kg).
Apontando-se para o patamar “inferior” de uma melhoria de apenas mil vezes, estes super-condensadores com polímeros flexíveis conseguiriam logo duplicar a capacidade face aos motores de combustão, e melhorar a autonomia dos automóveis elétricos atuais em 50 vezes.
Antes da histeria coletiva, é preciso aguardar pela chegada de um protótipo em escala real que a empresa promete ter pronto em 2017 – e então veremos se todas as promessas se concretizam.
Leio muitas descobertas acerca de baterias no entanto nada parece aparecer no mercado, certamente hão de chegar algum dia para bem da humanidade.
Qual é a empresa que está a desenvolver esta tecnologia?
A esperança é o grafeno, não sei se esta empresa o usa mas, sem dúvida, que o princípio de acumulação do condensador é deveres interessante.