Relatórios das autópsias aos Comandos já foram enviados para o MP

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Dylan Araújo da Silva, 20 anos, natural de Ponte de Lima, um dos comandos que morreu com um "golpe de calor"

Dylan Araújo da Silva, 20 anos, natural de Ponte de Lima, um dos comandos que morreu com um “golpe de calor”

O Instituto de Medicina Legal já enviou ao Ministério Público os relatórios finais das autópsias aos dois militares do 127º curso dos Comandos que morreram em setembro.

Em comunicado, o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) adiantou que o “relatório da autópsia do militar Hugo Miguel Pita Abreu, realizada no dia 6 de setembro de 2016 no Gabinete Médico-Legal e Forense da Península de Setúbal, foi enviado esta-quinta feira ao Ministério Público de Benavente (Comarca de Santarém), entidade que ordenou a sua realização”.

O relatório da “autópsia do militar Dylan Araújo Silva, realizada no dia 10 de setembro de 2016 na Delegação do Sul do INMLCF”, foi enviado esta sexta-feira à procuradora Cândida Vilar, do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, entidade que ordenou a sua realização.

O instituto esclarece que ambas as autópsias “implicaram a realização de exames complementares de Toxicologia Forense e Anatomia Patológica Forense”. Os exames toxicológicos já estavam concluídos e aguardava-se agora a conclusão dos exames de anatomia patológica, “mais demorados pela sua especificidade técnica”.

“A conclusão das autópsias e dos respetivos relatórios por parte do INMLCF ocorreu em 51 e 48 dias, respetivamente, prazos inferiores ao previsto e de acordo com as boas práticas”, confirmou o instituto em comunicado.

Os dois militares morreram no dia 4 de setembro na sequência de um treino do 127º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, e vários outros receberam assistência hospitalar.

Desde então, o processo de averiguações internas que foi aberto pelo Exército levou a que se instaurassem processos disciplinares a dois militares, enfermeiros, por omissão de auxílio.

Na terça-feira, os dois enfermeiros ouvidos como arguidos pelo Ministério Público ficaram com Termo de Identidade e Residência. No entanto, a Procuradoria Geral da República esclareceu que até o momento o processo não tem mais arguidos.

O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, confirmou na terça-feira que neste momento decorre um inquérito disciplinar para averiguar o envolvimento do médico escalado para os exercícios, o capitão Miguel Onofre Domingos, na sequência dos quais dois militares morreram em setembro e vários receberam assistência hospitalar.

ZAP

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