65 anos depois, reeditada nova série de “As Sete Bolas de Cristal”, de Tintin

Hergé

Tintin e As Sete Bolas de Cristal

Tintin e As Sete Bolas de Cristal

Uma nova série do álbum “As Sete Bolas de Cristal”, da banda desenhada “As Aventuras de Tintin”, publicada pela primeira vez em 1948, foi esta quarta-feira apresentada, 31 anos depois da morte do artista belga Hergé.

Segundo a imprensa, a nova versão do álbum feito por Hergé desde 1929 até à sua morte, em 1983, será substancialmente diferente da primeira das 24 aventuras de banda desenhada de Tintin, o repórter belga mais famoso do mundo.

Um segundo volume deve aparecer no outono, mas outras edições especiais ainda não têm data marcada.

De acordo com Benoit Peteers, que escreveu a biografia “Hergé, filho de Tintin”, sobre a vida e a obra do autor de banda desenhada belga, a primeira vez que Tintin foi publicado no estrangeiro foi em Portugal.

A edição de Tintin em álbum só começou em Portugal em 1988, 52 anos depois de “O Papagaio”, pela mão da Editorial Verbo.

Os álbuns de Tintin que estavam no mercado português tinham, desde finais dos anos 1980, a chancela da Editorial Verbo e a personagem principal tinha sido traduzida para Tintim.

A aventura “Tintin no Congo” foi publicada na revista católica portuguesa Papagaio, com o título “Tintin em Angola” nos anos 1930.

Em 2012, a justiça belga recusou a proibição da venda do livro “Tintin no Congo“, de Hergé, após um cidadão da República Democrática do Congo ter apresentado uma queixa alegando que a obra tinha um teor racista.

O tribunal que julgou o caso entendeu que a obra, cuja primeira edição em livro data de 1946, não era “movida por intenções racistas, tendo em conta o contexto da época”.

Desde 2007, Mbutu Mondondo, cidadão da República Democrática do Congo residente na Bélgica, tenta que as edições de “Tintin no Congo” sejam retiradas do mercado ou, em alternativa, sejam acompanhadas de um prefácio que explique o contexto político e cultural da altura, tal como acontece, desde 1991, nas edições em Inglaterra, onde o livro é colocado nas livrarias nas secções para adultos e não para crianças porque o “conteúdo pode ser ofensivo”.

/Lusa

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