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Recapitalizar a Caixa afinal vai custar 5 mil milhões

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Clara Azevedo / Portugal.gov.pt

Primeiro-Ministro António Costa e Ministro das Finanças, Mário Centeno

Primeiro-Ministro António Costa e Ministro das Finanças, Mário Centeno

O Plano de Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) pode custar cerca de cinco mil milhões de euros, uma fatura superior aos quatro mil milhões de euros previstos.

A Antena 1 avança que o executivo já mostrou as linhas gerais dos planos de recapitalização ao Bloco de Esquerda (BE) e ao Partido Comunista (PC), que terão dado luz verde ao Governo para avançar. A estratégia para a recapitalização da Caixa deve ser apresentada até ao final da semana pelo Governo.

Para os partidos que apoiam o executivo, relata a Antena 1, o importante é solidificar o banco do Estado, ao mesmo tempo que se evitam despedimentos.

O plano prevê um processo de reestruturação em que cerca de 2.500 trabalhadores serão dispensados, via rescisão amigável ou reforma antecipada – como já tinha sido avançado por Marques Mendes, na semana passada -, e 300 balcões serão encerrados, na maioria no estrangeiro.

De acordo com a TSF, o plano ainda está a ser fechado em Lisboa e já a ser negociado com Bruxelas, mas o objetivo é chegar aos cinco mil milhões. O valor vai depender da forma de contabilização e das exigências da Comissão Europeia.

Grande parte de deste dinheiro – 3,7 mil milhões, de acordo com o JN – servirá para lidar com as imparidades, ou seja, os créditos que não foram recebidos.

Juntam-se mais algumas centenas de milhões para o processo de reestruturação, que o Governo já garantiu não incluir despedimentos, mas apenas saídas para a reforma e redução de balcões e agências externas.

O plano que está a ser negociado com Bruxelas inclui ainda o pagamento dos Coco’s (empréstimos do Estado) feitos em 2012 à CGD, que somam 900 milhões e já deviam ter sido pagos pela instituição em 2015.

Outra parte – cerca de mil milhões de euros – será usada para aumentar a almofada financeira da Caixa, em exigências de reforço de rácios de capitais feitas pelo BCE.

Uma das questões por responder é se o montante será injetado de uma vez pelo Estado, ou se será dividido em partes e anos diferentes.

AF, ZAP

2 Comments

  1. Isto é um desgoverno total, anda tudo á TOA.
    A culpa é dos contribuintes que pagam de contra vontade mas pagam e não ESCORRASSAM dão VOTOS dados.

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