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Raio-X e controlo de passageiros em greve. TAP pede que se chegue 4 horas antes

Steven Governo / Lusa

Funcionários de segurança privada dos aeroportos em greve

Funcionários de segurança privada dos aeroportos em greve

A TAP apelou aos passageiros para chegarem com maior antecedência aos aeroportos nacionais, recomendando, nos casos dos voos com partida de Lisboa, que se apresentem quatro horas antes do embarque. Os atrasos são devidos a greve dos trabalhadores de segurança.

Fonte oficial da TAP disse à Lusa que a companhia aérea está a alertar os passageiros com voos agendados para hoje para que se dirijam aos aeroportos com “uma antecedência superior à habitual” e que os viajantes que embarquem a partir do aeroporto de Lisboa cheguem quatro horas antes “tendo em conta o maior número de passageiros” deste aeroporto.

Os trabalhadores da Prosegur e da Securitas, que asseguram o raio-x da bagagem de mão e o controlo dos passageiros e também dos trabalhadores dos aeroportos, cumprem uma paralisação de 24 horas ao trabalho extraordinário.

Segundo informação prestada à Lusa por fonte oficial da ANA – Aeroportos de Portugal, as operações aéreas dos aeroportos dos Açores, Funchal, Porto Santo e Faro estão “a decorrer normalmente”, mas em Lisboa há um “tempo de espera significativo” para as filas do controlo de segurança e há voos com atrasos até uma hora.

A mesma fonte indica que nos Açores, no Funchal, no Porto Santo e em Faro, “as operações estão a decorrer normalmente e sem qualquer constrangimento devido à greve”, um protesto que, segundo a ANA, está a ter impacto em Lisboa.

No aeroporto de Lisboa, “as filas para o controlo de segurança têm um tempo de espera significativo” e “há alguns voos com atraso entre meia e uma hora“, situação que “deverá manter-se pelo menos até à troca de turno” destes trabalhadores, o que acontece às 16:00.

Esta paralisação foi marcada após mais de nove meses de negociações entre o sindicato e a Associação das Empresas de Segurança para a celebração de um novo contrato coletivo de trabalho.

Segundo os sindicatos que representam os trabalhadores da segurança nos aeroportos, a greve está a ter uma adesão de 80% em Lisboa e superior a 50% nos aeroportos de Faro e do Porto.

Fernando Henriques, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos,  disse recentemente à Lusa que “os trabalhadores destas duas empresas são responsáveis pela segurança de cerca de 40 milhões de passageiros que, por ano, passam pelos aeroportos portugueses”.

O mesmo sindicalista alertou que, “com as condições em que trabalham, mais tarde ou mais cedo”, podem existir “problemas graves”, considerando que “é altura de olhar com atenção para esta questão”.

ZAP / Lusa

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