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Putin desmente estar a planear uma nova União Soviética

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United Nations / Flickr

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov

O presidente russo, Vladimir Putin, negou que tenha a intenção de ressuscitar a extinta União Soviética, lamentando que os países ocidentais não acreditem em si.

De acordo com o documentário “Ordem Mundial”, emitido este domingo pela televisão estatal russa, Vladimir Putin põe de lado qualquer ideia de estar a formar uma nova URSS.

Segundo a agência AFP, Putin afirma que a postura dos países ocidentais na Ucrânia e no antigo espaço soviético é no sentido de “impedir o restabelecimento da URSS”, o regime comunista que se desintegrou em 1991 com a independência de várias repúblicas no Leste Europeu e na Ásia Central.

“Mas ninguém quer acreditar em nós, não querem acreditar que não nos propomos voltar a criar a União Soviética”, diz Putin no documentário, filmado na quinta-feira, depois da sua conferência de imprensa anual.

Desde a queda do presidente ucraniano Viktor Yanukovytch, aliado de Moscovo, por pressão de manifestações populares pró-Europa, a diplomacia russa acusa os ocidentais de implementarem uma “política de contenção” similar à aplicada pelos Estados Unidos contra a então URSS durante a Guerra Fria.

Em novembro, o ministério dos Negócios Estrangeiros russo considerou também “extremamente perigosa” a aproximação da Polónia à NATO, e definiu-a como uma provocação.

Já este mês, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, anunciou que a Rússia iria tomar medidas, depois de a NATO ter convidado oficialmente Montenegro a aderir à Aliança Atlântica como membro de pleno direito.

“Este género de iniciativa é portador de um grande potencial de confronto”, declarou o porta-voz da diplomacia russa.

“Moscovo sempre disse que a expansão da NATO e das suas estruturas militares para o Leste da Europa não pode ficar sem resposta do próprio Leste, sobretudo da Rússia, no que diz respeito à garantir a segurança e a paridade de interesses”, alertou o representante.

ZAP

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