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PSD e CDS querem esclarecer contratação, gestão e saída de Domingues

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João Relvas / Lusa

António Domingues, o novo presidente da Caixa Geral de Depósitos

António Domingues

O PSD e o CDS-PP entregaram esta sexta-feira um requerimento para a nova comissão de inquérito em torno da Caixa Geral de Depósitos.

O objeto da nova comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, anunciada esta sexta-feira por PSD e CDS-PP, será apreciar a contratação, gestão e saída do anterior presidente do banco e as negociações com o Governo.

De acordo com o requerimento, são três as alíneas que os deputados querem ver esclarecidas, todas em torno da anterior administração da CGD, sem referência direta à troca de SMS entre António Domingues e o ministro das Finanças Mário Centeno.

“Apreciar as negociações, direta ou indiretamente conduzidas pelo Governo, as condições e os termos de contratação da administração do dr. António Domingues para a CGD” é a primeira alínea do objeto hoje entregue.

PSD e CDS querem ainda “apreciar a intervenção e responsabilidade do XXI Governo pela gestão da administração liderada pelo dr. António Domingues”.

Finalmente, os dois partidos pretendem “apreciar os factos que conduziram à demissão do dr. António Domingues e à saída efetiva da administração por si liderada”.

Numa conferência de imprensa, o líder parlamentar dos sociais-democratas, Luís Montenegro, deixou bastante claro que “apurar a verdade não é bisbilhotice”.

Já o líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, diz que esta comissão de inquérito é essencial para a descoberta da verdade, coisa que para nós não é menor, é essencial. Não é uma trica, não é uma coscuvilhice saber se temos um Governo e um ministro das Finanças que fala verdade ao Parlamento numa Comissão de Inquérito que tem poderes judiciais”, afirmou.

Lembrando que o líder parlamentar do PS, Carlos César, chegou a sugerir em declarações públicas que criassem uma nova comissão de inquérito com esse objeto específico, PSD e CDS-PP pedem que esta nova comissão seja constituída e que possa “funcionar pelo prazo mais curto”, não ultrapassando os 120 dias.

Os dois partidos tinham anunciado que iriam usar o direito potestativo para tornar obrigatória a constituição de uma nova comissão de inquérito, depois de os partidos da esquerda terem rejeitado o acesso às comunicações trocadas entre o ministro e o ex-presidente do banco público.

ZAP // Lusa

4 Comments

  1. Ele é preciso uma santa paciencia para desmamar meninos mimados. Habituaram-se ao Cavaco, e agora estranham, e não querem outra coisa. Meus queridos, …. vão para Boliqueime.

  2. Como cidadão deste País fico deveras apreensivo quando verifico que existem pessoas como o Sr. Dr. António Domingos que se dão ao luxo de dizer ao governo ” não entrego a declaração de rendimentos ” coitado então pode-se considerar que o Dr. António Domingos é uma vítima deste processo.
    O Sr. Dr. António Domingos iria presidir á CGD ou seja, ficava com poderes para usar bem ou mal os dinheiros que não são dele e mesmo assim ele pensa que não deve ser controlado, não entendo porquê.
    Depois tenho os jornalistas e os políticos deste País que só querem ver se o Sr. Ministro das Finanças mentiu na comissão de inquérito se mentiu morte ao ministro mas o Sr. Dr. António Domingos continua impávido e sereno a assistir a isto tudo como se não tivesse nada a ver com este processo, meu Deus como vai a Democracia neste País em que as pessoas que consideramos importantes já negam as suas obrigações, porque o Sr. António Domingos se não fosse controlado já era o Presidente da CGD isto é muito triste.
    É por estas e por outras situações que temos assistido durante estes anos de Democracia que julgamos que quem está no poder tem aumentado brutalmente o património sem ter de dar satisfações ao País que eles tem andado a sugar. Já agora coloquem tudo em nome dos filhos e netos para que não tenham de devolver o que tem retirado ilicitamente em proveito próprio.
    Fico com a sensação de ter sido enganado por todos os que se têm engordado o seu património sem serem controlados pelo Estado porque até existem os que fazem acordos para não o serem.

  3. O domingues tem medo de mostrar o património. Mas quem não deve não teme… E os outros fizeram leis à medida para cumprir as exigencies dele. Só que as coisas correram mal. Agora até andam a esconder a correpondência que foi trocada para cozinhar a marosca e as mentiras que estão pelo meio. . Mas que grandes FDP!!

  4. Já toda a gente percebeu que o senhor Domingues exigiu a não apresentação da declaração de rendimentos mas já todos perceberam também que o governo cedeu e fez um acordo à margem da lei, portanto se alguém estará mal nesta situação será o governo que em vez de recusar a proposta a aceitou, agora procuram bodes expiatórios na oposição por esta exigir a verdade, fazem todas as manobras para impedir o esclarecimento do acordo e por seu lado quanto a mim o senhor Domingues só terá que desvendar toda a verdade uma vez que já nada mais tem a perder e dessa forma evitará que a esquerda carregue sobre ele toda a responsabilidade do sucedido.

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