PSD ataca Governo da “Internacional Syrizista”

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O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva

O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva

O vice-presidente do PSD Jorge Moreira da Silva exortou na terça-feira o Governo “da Internacional Syrizista” – PS, BE, PCP e PEV – a corrigir o rumo e a estratégia económica, durante a reunião do Conselho Nacional do partido, em Lisboa.

O ex-ministro do Ambiente citou dados da execução orçamental do primeiro trimestre e alertas de várias instituições, como o Conselho de Finanças Públicas (CFP), para sublinhar que há dois modelos políticos distintos em Portugal – o que estava a resultar, protagonizado por PSD e CDS-PP, e o do atual executivo socialista.

“Fazemos obviamente o apelo a que o Governo do PS, BE, PCP e PEV corrijam a estratégia económica e o modelo de desenvolvimento económico, que é anacrónico, assenta em reversões estruturais que retiram a capacidade de crescimento e em políticas sociais que são preconceituosas”, afirmou em conferência de imprensa.

O CFP avisara esta terça-feira para o risco de um “desvio significativo” na redução do défice definida no Programa de Estabilidade, o que pode comprometer a estratégia do Governo do PS prevista no Programa Nacional de Reformas, precisamente no mesmo dia desta primeira reunião do órgão máximo entre congressos do PSD desde a 36ª reunião magna, em Espinho, há mês e meio.

“Há um outro modelo que está a ser concretizado, aquilo que consideramos ser um padrão de uma Internacional Syrizista. Um modelo que na vertente orçamental é irresponsável, na vertente económica anacrónico e na vertente social é conservador e preconceituoso”, continuou Moreira da Silva.

Questionado sobre a eventual necessidade de eleições e posicionamento dos sociais-democratas, o dirigente do PSD disse que o seu partido “tem interesse em que seja rapidamente corrigida a atual trajetória e modelo económicos”.

“O PSD não tem pressa absolutamente nenhuma. Quem tem de ter pressa numa resolução destes problemas são os portugueses”, afirmou.

PSD acusa Governo de recuar a 1982 na Educação

O dirigente social-democrata acusou ainda o Governo socialista de recuar até antes da revisão constitucional de 1982 na área da educação, citando antigos ministros socialistas mais próximos do PSD do que do atual executivo.

Durante a reunião do Conselho Nacional laranja, o vice-presidente do PSD manifestou o desejo de que António Costa e o seu ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, corrijam a sua posição relativamente aos contratos de associações com instituições privadas ou cooperativas.

“Em apenas seis meses, assistimos a várias operações de destruição do edifício que foi construído durante muitos anos, seja na área da avaliação, da qualificação, seja no respeito pelos projetos educativos”, lamentou o ex-ministro do Ambiente de executivos PSD/CDS-PP, considerando que o atual elenco socialista “regressou a um período anterior à primeira revisão constitucional“.

Segundo Moreira da Silva, “não deixa de ser paradoxal, mesmo retrógrada, uma abordagem que torna Marçal Grilo ou Maria de Lurdes Rodrigues muito mais próximos do PSD do que deste Governo”.

“Há muito tempo que desapareceu a ideia de que a educação pública, o serviço público, se confunde com serviço estatal. Vivemos numa rede de serviço público onde participam vários projetos educativos, sejam de propriedade estatal, de iniciativa privada ou cooperativa. Era um assunto arrumado há muitos anos, desde 1982″, afirmou, no decurso da primeira reunião do órgão máximo entre congressos do PSD desde a 36.ª reunião magna, em Espinho, onde Passos Coelho foi novamente entronizado presidente, há mês e meio.

O Governo anunciou que não vai abrir turmas de início de ciclo em 39 colégios privados com contratos de associação, o que representa uma redução de 57%, no financiamento a novas turmas.

Os números foram avançados pela secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, no final de uma reunião com a Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP).

ZAP / Lusa

2 Comments

  1. A este cavalheiro, já que não pode ser por outra via, devolvo-lhe o insulto de que sou alvo, nas suas tomadas de posição, relacionadas com a atuação do atual executivo em comparação com aquilo que a coligação de interesses dos exploradores/corruptos/parasitas fizeram na anterior legislatura, levando milhares de famílias à miséria, milhares de jovens a abandonar a sua pátria, milhares de idosos a desejar a morte devido às dificuldades criadas pela ação desumana dos anteriores ocupantes do poder e tantas outras ações lesivas do povo português para protegerem uma elite de parasitas que vivem à custa do trabalho honesto de empregados(as)/trabalhadores(as)/empresários.

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