PS promete 207 mil empregos caso vença as eleições

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Carlos Santos / Lusa

O secretário-geral do PS, António Costa

O secretário-geral do PS, António Costa

O PS apresentou hoje os cálculos finais do programa eleitoral, comprometendo-se com a criação de 207 mil empregos e alívios da dívida até 118% e do défice até 1,4% do PIB nos próximos quatro anos.

O secretário-geral socialista, António Costa, e o economista coordenador dos estudos, Mário Centeno, apresentaram ‘O Quanto, o Quando e o Como do Programa Eleitoral do PS’, na sede nacional do partido, em Lisboa, garantindo tratar-se de “compromissos assumidos” e não “promessas”, pois são “testados e avaliados nos seus impactos”.

“Promover o emprego e combater a precariedade, reforçar a coesão e combater as desigualdades, aumentar o rendimento disponível das famílias para relançar a economia e aliviar a asfixia dos mais pobres e da classe média, resolver os bloqueios de financiamento das empresas e dar prioridade ao investimento, inovação e internacionalização e, por fim, um Estado forte inteligente e moderno”, foram as cinco prioridades elencadas por Costa.

O documento prevê que medidas como a eliminação da sobretaxa do IRS até 2017, a redução temporária da TSU dos trabalhadores para a Segurança Social até 2019, os complementos salariais para trabalhadores mais pobres e a renovação das políticas de prestações sociais, por exemplo, impliquem menos 1,8 pontos percentuais de receita total, mas também menor despesa pública, em 3,5 pontos percentuais, graças às medidas substitutas.

Entre as formas de compensar o aumento da despesa contam-se incentivos à contratação por redução das contribuições das empresas, penalizações às empresas que promovam a rotatividade excessiva de trabalhadores, imposto sucessório para heranças superiores a um milhão de euros, congelamento de pensões e consignação de quatro pontos percentuais das receitas de IRC.

Entre 2015 e 2019, os socialistas, caso sejam Governo, estimam que o défice passe de 3,2% do PIB para 1,4%, que a dívida pública desça dos 130,2% do PIB para 117,9% e que o próprio PIB tenha uma média de crescimento de 2,6%, ou seja, que evolua dos atuais 1,6% para 2,4%, no final da legislatura.

Dentro de quatro anos, ainda segundo o estudo do PS, a taxa de desemprego baixará dos 13,6% até 7,2%, num total de cerca de 207 mil empregos, com uma trajetória de menos 0,6 pontos percentuais já em 2016 e de menos 3,6 pontos percentuais em 2019.

/Lusa

2 Comments

  1. As habituais estimativas do PS que vão sempre esbarrar em desastre económico, se ao menos tivesse a coerência de se manter calado tendo em conta todas as asneiras do passado mas nem nisso é esperto, tenciona esbanjar dinheiro não importa como para mais tarde abandonar o Poder e nos deixar de novo nas mãos dos credores internacionais, o habitual!.

  2. Os economistas do PS, sim porque António Costa não é, não demoraram muito – quase nada – nas quantificações particulares quando Portugal e a coligação vendem dívida a juros negativos, financiando-se para amortizar dívida a juros de outros tempos! O que significa que aqueles economistas terão que refazer contas porque muitas das variáveis já não são o que eram até há dias! Pior é a congruência dos nºs da actividade loboral, como anunciar 207k novos empregos, acabar com a precaridade, e os tais nºs reais do desemprego por população, aí é que a porca torce o rabo! De resto, os nºs são quantificações-extrapolações subjectivas, aliás próximos dos da coligação, diferindo na ordem e tempo.

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