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Professores destacados por doença chegaram mais cedo e levantam suspeitas

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SESI SP / Flickr

Há vários professores preocupados e a lançarem suspeitas por causa da antecipação da colocação dos professores destacados por doença, sua ou de familiares a seu cuidado. Estes docentes, que costumam chegar em Agosto ou Setembro, chegaram este ano às escolas em Junho e há quem fale de “situações muito duvidosas”.

Em causa está o facto de estes professores, destacados por razões de saúde, estarem a ocupar horários que não serão, deste modo, colocados a concurso. Uma situação que está a indignar e a deixar desconfiados muitos docentes, noticia o Público.

O jornal reporta particularmente casos de reclamações em Coimbra e em Bragança e frisa que há professores a exigirem ao Ministério da Educação (MEC) que faça Juntas Médicas aos professores cujo destacamento por doença foi aprovado.

Estes docentes, deslocados por motivos de saúde, seja da sua parte, seja de familiares, costumavam ser colocados no fim do mês de Agosto ou já em Setembro, isto é, após a colocação dos professores. Mas, este ano, esse processo foi antecipado, o que coloca estes docentes na equação com um peso diferente e leva os professores dos quadros das escolas envolvidas a temerem uma deslocalização para outros estabelecimentos, caso não tenham turmas a quem dar aulas.

O caso agrava particularmente os destacamentos nas zonas urbanas, já que, uma vez que estão em causa pedidos de mobilidade motivados por doença, é nas maiores cidades que existem as infraestruturas hospitalares que podem prestar os cuidados necessários.

Não há dados quanto ao número de professores que pediram destacamento por doença, mas o Público fala de um “número elevado” e refere que “só em quatro agrupamentos do distrito de Bragança já foram colocados por esse motivo 260 professores”.

“Aos estabelecimentos de ensino da cidade de Coimbra chegou cerca de uma centena”, nota o jornal.

“Pelo que conhecemos das pessoas, sabemos que há situações muito duvidosas“, alerta o director do Agrupamento de Macedo de Cavaleiros, Paulo Dias, citado pelo jornal.

Perante as suspeitas, o líder da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, sublinha que “se há situações fraudulentas que se denunciem, mas assumindo-as e concretizando-as”. “Não posso aceitar que se lance um manto de suspeição sobre todos quantos já sofrem pela doença”, refere ao Público.

José Ricardo, da Federação Nacional de Educação (FNE), considera também que “é muito perigoso levantar suspeitas sem provas quando está em causa um direito importantíssimo, o da protecção na doença”.

Do lado do MEC, garante-se que “todas as situações que configurem desconformidades serão averiguadas nos termos da lei”.

ZAP

2 Comments

  1. Na Secundária de Mem-Martins está lá uma com esquema desses há anos… Tem passado por várias escolas do concelho de Sintra à conta disso!

    • Se tem conhecimento de que essa “uma”, como lhe chamou, está a mentir quanto à razão que lhe permite essa situação, faça a respetiva denúncia. Assuma, em vez de levantar suspeitas ao abrigo do anonimato. Apresente queixa. Ou então, cale-se!

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