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Processos judiciais mais importantes do país guardados em cave de fácil acesso

portugal.gov.pt

Ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz

Alguns dos processos judiciais mais mediáticos e importantes do país estão guardados no corredor de uma cave, num espaço de fácil alcance, nas instalações do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) de Lisboa.

O alerta é dado pelo Diário de Notícias, que reporta que os arquivos de processos como a Operação Marquês, que implica José Sócrates, o caso BPN e a Operação Furacão estão guardados num corredor da cave do DCIAP, no estacionamento subterrâneo, na rua Alexandre Herculano.

“O espaço está apenas delimitado por uma rede que separa o arquivo de Rosário Teixeira [procurador do Ministério Público responsável pelos processos citados] das zonas de estacionamento e circulação de veículos”, descreve o jornal.

Este será, contudo, apenas um dos detalhes que evidencia a alegada falta de segurança das instalações do DCIAP e que foi detectado por uma auditoria de inspecção, realizada em Março de 2014. As conclusões dessa auditoria só agora são divulgadas pelo DN, que nota que os inspectores detectaram “falta de segurança, de condições de trabalho e de organização”.

O Diário de Notícias aponta que essa inspecção “arrasa em toda a linha o departamento do Ministério Público responsável pela investigação à grande criminalidade económico-financeira do país”, citando, nomeadamente, que é possível entrar no edifício sem qualquer registo e controle e que há até casos de “magistradas que foram seguidas até ao interior das instalações por indivíduos que as importunaram na rua, passando livremente pela portaria”.

ZAP

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