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Presumível sequestro de navio-tanque da Sonangol foi um embuste

Jon Olav / Flickr

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O presumível sequestro do navio-tanque Kerala, realizado há seis dias ao largo de Angola, não passou de um embuste e a embarcação já foi localizada na Nigéria, disse hoje à Lusa fonte da Marinha angolana.

O Kerala, com pavilhão liberiano e propriedade da empresa grega Dynacom Tankers, foi fretado pela petrolífera angolana Sonangol, que em comunicado envido sexta-feira à Lusa confirmava o desaparecimento do navio-tanque.

Nesse comunicado, a Sonangol acrescentava que desde o passado dia 19 tinha perdido o contacto com o Kerala

Segundo o porta-voz da Marinha angolana, capitão Augusto Alfredo, o Kerala, embarcação de 60 toneladas que aguardava autorização para atracagem no porto de Luanda, para cumprir um frete da petrolífera angolana Sonangol, simulou o sequestro em conluio com um rebocador já referenciado noutras ações de sequestro ao largo do Gabão, em 2013.

O Kerala e o rebocador Gare foram já referenciados em águas nigerianas.

“O petroleiro Kerala, cujo contrato de prestação de serviço à Sonangol termina no próximo dia 12 fevereiro, na noite do dia 18 desligou o sistema de comunicação e navegou em direção à Nigéria”, disse o capitão Augusto Alfredo à Lusa.

Segundo explicou o oficial angolano, “tudo aconteceu quando o rebocador Gare, que é réplica de um outro com o mesmo nome e que havia participado em ações de pirataria no Gabão no ano passado e que está desativado na Nigéria, se aproximou do Kerala, entrou em comunicação com este e de seguida o petroleiro levantou âncora e rumaram os dois para a Nigéria”.

“Portanto tudo não passou de uma simulação de sequestro da parte da tripulação e do seu agente. Neste momento, o rebocador Gare e o petroleiro Kerala estão na Nigéria”, frisou.

O porta-voz da Marinha angolana acrescentou que um outro “falso alarme” foi registado passada sexta-feira à noite.

“Um SOS emitido pelo navio petroleiro SEATRANS CS, encarregue de transportar ramas de petróleos dos blocos, dava conta de um possível assalto ao navio por um grupo de piratas. Uma lancha da Marinha acorreu de imediato ao local, tendo concluído que tal não passava de um falso alarme. Continuaremos vigilantes para evitar situações que possam criar instabilidade nas nossas águas nacionais”, salientou.

O capitão Augusto Alfredo reafirmou que “não há qualquer ação de pirataria nas nossas águas nacionais”.

/Lusa

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