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Donald Trump usa o Twitter para criticar protestos

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O presidente norte-americano, Donald Trump, criticou no Twitter os milhões de pessoas que marcharam este sábado, nos Estados Unidos e em todo o mundo, em protesto contra a sua presidência.

“Vi os protestos ontem mas tinha a impressão de que ainda agora tivemos uma eleição! Por que é que essas pessoas não votaram?”, escreveu.

Mais de dois milhões de pessoas inundaram cidades norte-americanas no sábado, em protestos liderados por mulheres contra Trump, que muitos temem que possa fazer regredir os direitos das mulheres, imigrantes e minorias.

Os protestos, replicados um pouco por todo o mundo, ocorreram dias depois de Trump ter assumido a presidência dos Estados Unidos com uma taxa de aprovação de apenas 37%.

Michael Reynolds / EPA

Women's March on Washington, 21 de janeiro de 2017

Women’s March on Washington, 21 de janeiro de 2017

A estrela da música pop Madonna compareceu aos protestos no sábado, em Washington, juntando-se a milhares de pessoas que se manifestaram pelos direitos das mulheres e desafiando Trump.

Outras celebridades marcaram presença, como as atrizes Scarlett Johansson, Ashley Judd ou America Ferrera, o realizador Michael Moore ou a feminista Gloria Steinem.

Trump chama jornalistas de “desonestos” e jornais contra-atacam

Ainda no sábado, no seu primeiro dia de trabalho como mandatário dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump visitou a sede da CIA, no estado da Virgínia, onde fez um discurso a criticar a cobertura da imprensa durante sua posse. Segundo Trump, os jornalistas estão “entre os seres humanos mais desonestos na terra”.

No discurso, Trump criticou o trabalho da imprensa acusando os jornalistas de terem criado um mal estar entre ele e os órgãos de inteligência dos Estados Unidos. Em seguida, disse que os jornalistas subestimaram deliberadamente o número de pessoas que compareceu à sua tomada de posse.

Em referência às notícias de que a multidão era inferior ao número de pessoas que esteve presente à posse de Barack Obama, há oito anos, o presidente disse que pelo menos 1,5 milhão de pessoas compareceram à festa que marcou o início de seu governo.

Os jornais norte-americanos, porém, desmentiram essa afirmação com fotos tiradas de avião que mostram claramente que, na posse de Obama, o número de pessoas presentes era bem superior ao de Trump.

Mais tarde, na Casa Branca, Trump pediu que seu secretário de imprensa, Sean Spicer, reiterasse as suas declarações. Num briefing aos jornalistas, Spicer demonstrou irritação com a cobertura dos jornalistas e repetiu as afirmações de que os jornalistas erraram na contagem sobre a multidão presente na posse de Trump, acrescentando que a imprensa deliberadamente computou um número menor.

Kellyanne Conway, conselheira de Trump para a comunicação, afirmou este domingo que Sean Spicer ofereceu “factos alternativos” às notícias veiculadas, uma postura já caracterizada como “Orwelliana” pela forma como tenta explicitamente esconder a verdade, à semelhança do que faz o Estado no livro “1984”, de George Orwell.

ZAP // Lusa / ABr

1 Comment

  1. Podiam ter feito uma notícia mais completa e ter referido os outros posts que o senhor fez no mesmo dia, sendo o último : Donald J. Trump ‏@realDonaldTrump 20 h

    Peaceful protests are a hallmark of our democracy. Even if I don’t always agree, I recognize the rights of people to express their views.

    Só noticiam o que convém.

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