Polícia brasileira apreendeu submarino construído para traficar droga

ASCOM Polícia Civil do Pará

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A Polícia Civil do Pará, no Brasil, localizou e apreendeu um submarino com lotação para 30 pessoas que, segundo a principal linha de investigação das autoridades, seria usado para o tráfico internacional de drogas.

O veículo estava escondido num buraco do Rio Guajará Mirim, próximo de uma vila de pescadores no município de Vigia de Nazaré, a cerca de três horas de Belém.

A descoberta foi possível graças a uma ligação anónima feita para a polícia local.

Com 17 metros de comprimento, três de diâmetro e 4 de altura, o submarino – feito de fibra de vidro – estava “praticamente pronto” e prestes a entrar em operação, revelou o secretário de Segurança Pública do Pará, general Jannot Jansen.

A embarcação tem capacidade para uma tripulação de 30 pessoas e para transportar até 30 toneladas de carga.

Uma perícia deverá agora apontar qual seria o alcance do submarino e, dessa forma, confirmar as suspeitas de que seria utilizado para levar drogas até a costa norte-americana.

“Na troca de informações que fazemos com a agência de inteligência colombiana, fomos informados da intenção de um cartel de usar submarinos produzidos artesanalmente para transportar droga”, disse à Agência Brasil o secretário Jansen.

ASCOM Polícia Civil do Pará

A embarcação tem capacidade para uma tripulação de 30 pessoas e para transportar até 30 toneladas de carga.

A embarcação, em fibra de vidro, tem capacidade para uma tripulação de 30 pessoas e para transportar até 30 toneladas de carga.

Segundo o general, as suspeitas foram ainda mais reforçadas pelo facto de a construção do veículo requerer um grande investimento e tecnologia complexa.

“Há certamente, por trás disto, um grupo importante na rede de tráfico internacional, ligado a algum cartel de língua espanhola”, disse Jansen.

No interior do submarino, foram encontradas inscrições em espanhol nas caixas de alguns produtos, com palavras como La Columbia e Guerrilla 762.

Na vila de pescadores próximo do local onde o submarino foi encontrado, o grupo de criminosos chegou a construir três casas de madeira.

As habitações seriam usadas como bases de observação para vigiar a região, e como estaleiro para construção das peças à base de fibra usadas no submarino.

Serviriam também como alojamento e refeitório, tendo vários beliches, mesas, alimentos, roupas, calçados e utensílios de higiene.

“Sabemos que era um grupo grande, de cerca de 15 pessoas, trabalhava na embarcação, e que estavam lá desde setembro”, revelou Jensen.

“Uma embarcação destas precisa de gente especializada em engenharia naval, pelo que a investigação deverá identificar facilmente os envolvidos na construção do veículo”, acrescentou o secretário.

ZAP / ABr

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