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Pirataria de jogos pode acabar em menos de dois anos

Se usa torrents ou serviços de partilha de ficheiros para fazer download dos seus jogos, em vez do Steam ou um serviço equivalente, é melhor aproveitar enquanto é tempo.

De acordo com o fundador do 3DM, um dos maiores grupos de crackers de jogos da China, dentro de dois anos as tecnologias de DRM e de proteção dos títulos estarão tão evoluídas que será impossível quebrá-las, algo que pode acabar colocando um fim na pirataria.

A conclusão do especialista, que se identifica como Bird Sister, é baseada no intenso trabalho a que foi obrigado para conseguir quebrar as barreiras que protegiam Just Cause 3 contra a pirataria.

Segundo Bird Sister, a equipa do 3DM chegou a um “ponto de ruptura” durante o processo, tendo-se visto quase incapaz de ultrapassar a protecção – que, poucos dias depois de ter sido quebrada, foi actualizada e voltou a proteger eficazmente o jogo.

O grande “vilão” da história, na perspectiva dos piratas, é a Denuvo, empresa tecnológica que desenvolve as soluções de bloqueio usadas por software houses como a Square Enix, distribuidora de Just Cause 3, e a Electronic Arts, da série FIFA.

Bird Sister já antes se tinha referido às cada vez maiores dificuldades que a tecnologia de protecção de direitos estava a levantar, mas revela que nunca antes a sua equipa tinha tido tanto trabalho e tão pouco sucesso num crack deste tipo.

A companhia austríaca recebeu as atenções dos especialistas da indústria de videojogos no fim de 2014, quando Dragon Age: Inquisiton, considerado na altura um dos melhores jogos do ano, esteve após o seu lançamento mais de um mês sem uma cópia pirata funcional.

A notícia parecia inicialmente ter sido um tiro pela culatra para a Denuvo, já que levou mais crackers a tentar encontrar em formas de quebrar o seu código, mas no fim das contas, a Denuvo está a sair vitoriosa.

Bird Sister diz acreditar que Just Cause 3 ainda poderá ser quebrado e que está a trabalhar com o seu grupo para o conseguir.

Mas o tempo que o processo consome e o seu grau de complexidade só tendem a aumentar – o que leva o cracker a manter uma perspectiva negativa acerca do futuro da pirataria dos jogos.

CanalTech

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