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Pela 22ª vez, ONU pede fim do embargo a Cuba

Assembleia Geral das Nações Unidas (foto: Marcello Casal JR/ABr)

Assembleia Geral das Nações Unidas (foto: Marcello Casal JR/ABr)

A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje (29) uma resolução que pede o fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba. Com 188 votos favoráveis, dois contrários e três abstenções, o organismo multilateral renovou pelo 22º ano consecutivo o pedido para que termine a sanção.

A resolução sobre a “Necessidade de colocar fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba”, está acompanhada de um relatório do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que apresenta as respostas dos Estados-Membros do organismo. O embargo foi imposto em fevereiro de 1962.

O fim do embargo é expressamente defendido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). “A situação em 2012 foi similar à dos anos anteriores. O bloqueio afeta as relações económicas externas de Cuba e seus efeitos podem ser observados em todas as esferas das atividades sociais e económicas do país”, indicou a agência da ONU.

A Comissão Económica para a América Latina e Caraíbas (Cepal) acrescentou que Cuba se têm modernizado, mas que o bloqueio representa um entrave às mudanças que o governo de Raúl Castro começou a realizar.

“Os avanços no processo de atualização do modelo económica são obstaculizados pelo bloqueio e a inclusão de Cuba, desde 1982, na lista norte-americana dos Estados que patrocinam o terrorismo”, assinalou a CEPAL.

A Cepal considerou que, no ano passado, o governo dos Estados Unidos não fez esforços para diminuir o impacto do bloqueio. “Os danos acumulados de 1962 até dezembro de 2011 representam mais de 725 milhões de dólares, segundo o último relatório disponível em Havana”, informou.

Apesar do prejuízo acumulado, Cuba tem operado mudanças. O governo Raul Castro aprovou uma nova política de migração, que facilita as viagens de cubanos ao exterior e também a chegada de turistas a Ilha.

Do mesmo modo, os Estados Unidos aumentaram o ano passado o prazo de vistos de turismo para cubanos, de seis meses para cinco anos.

 

ZAP/Agência Brasil/APN Cuba

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