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Parlamento grego aprova terceiro resgate depois de longa maratona

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Alexandros Vlachos / EPA

O ministro das Finanças grego Euclid Tsakalotos

O ministro das Finanças grego Euclides Tsakalotos

O parlamento grego aprovou esta sexta-feira, por maioria, o acordo sobre o terceiro plano de resgate, após um debate que se prolongou durante toda a noite.

A votação ocorreu esta manhã, depois de o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, ter apelado à aprovação do acordo “para garantir a capacidade do país para sobreviver e continuar a lutar”.

O texto obteve luz verde com 222 votos a favor, 64 contra e 11 abstenções, segundo a agência France Press.

As longas horas de debate sobre plano de ajuda de 85 mil milhões de euros, o terceiro desde 2010, em troca de medidas de poupança drásticas, voltaram a evidenciar as dissidências no seio do partido governante Syriza.

A Comissão Europeia (CE) e o Banco Central Europeu (BCE) recordaram hoje que o acordo técnico firmado pelos credores internacionais com a Grécia para um terceiro resgate ao país está em linha com o acordado pelos chefes de Estado e de Governo da zona euro no passado dia 13 de julho.

“Este acordo está em linha com a declaração da Cimeira de 13 de julho”, afirmaram ambas as instituições num comunicado conjunto publicado horas antes do início da reunião do Eurogrupo.

A reunião dos ministros das Finanças da zona euro está marcada para as 14h (hora de Lisboa), em Bruxelas, para discutir o terceiro resgate à Grécia, apesar das dúvidas que permanecem e da possibilidade de se optar, no imediato, por um novo empréstimo transitório.

Já o FMI refere, em comunicado, que espera “trabalhar com as autoridades gregas para desenvolver o programa de reformas com mais detalhes e que os parceiros europeus da Grécia tomem decisões sobre o alívio da dívida para permitir que se torne sustentável”.

Maratona parlamentar

A sessão começou na manhã de quinta-feira com o debate nas comissões parlamentares, que ficou marcado pelo confronto entre a presidente do Parlamento, Zoé Konstandopulu, e alguns membros do Governo.

Konstandopulu manifestou o seu descontentamento sobre o procedimento parlamentar escolhido pelo Governo para tramitar a lei do resgate – a via de urgência – e propôs que a votação se realizasse hoje de manhã.

O ministro das Finanças, Euclides Tsakalotos, defendeu o resgate e embora tenha anunciado que se trata de um “acordo muito difícil”, argumentou que o Governo conseguiu algumas conquistas como a flexibilização das metas orçamentais.

Por sua vez, o titular da pasta da Economia, Yorgos Stathakis, disse que o país se encontrava num beco sem saída devido à enorme dívida à qual tinha de fazer frente e ao cumprimento dos superávit, e sublinhou que o objetivo do executivo foi sempre a permanência do país na zona euro e a retoma do crescimento económico.

A legislação estabelecia um máximo de dez horas para o debate deste projeto de lei.

/Lusa

3 Comments

  1. A democracia e os superiores interesses de um povo são lixados para aquela minoria de esquerda bloquista “reaccionária” extremista populista de empalados frustrados por tantas décadas de comunismo stalinista e maoísta… Assassinos em massa do próprio povo

      • Uma grande quantidade de algo pode suscitar um “nunca mudes” mas isso é o mesmo que se espera duma qualquer cloaca… Nada mais que um ovo!

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