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Obama diz que EUA “pisaram a linha” com tortura após atentados de 11 de setembro

Pete Souza / Whitehouse

O presidente norte-americano, Barack Obama

O presidente norte-americano, Barack Obama

O Presidente dos EUA reconheceu esta sexta-feira que agentes dos serviços de informações norte-americanos tinham “torturado algumas pessoas” no seguimento dos atentados de 11 de setembro de 2001, mas defendeu que não fossem julgados de forma muito severa.

As afirmações de Barack Obama foram feitas quando se espera que o seu Governo desclassifique, nos próximos dias, um relatório do Senado que detalha os abusos cometidos pelos agentes dos serviços de informações envolvidos na perseguição à Al-Qaeda.

“Mesmo antes de chegar à Presidência, fui muito claro quanto ao facto de, no período imediato ao 11 de setembro, termos feito algumas coisas erradas“, disse Obama à comunicação social.

“Fizemos muitas coisas certas, mas torturámos algumas pessoas. Fizemos coisas contrárias aos nossos valores. Quando usámos algumas técnicas de interrogatório reforçadas, técnicas que acredito e penso que qualquer pessoa honesta acredita que é tortura, atravessámos uma linha“, adiantou.

No que aparentou ser uma preparação do terreno para a divulgação do relatório, que os senadores devem publicar em breve, Obama considerou que aqueles operacionais estiveram sob uma grande pressão em 2001 e nos anos seguintes.

/Lusa

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