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Obama contorna Congresso e reforça controlo de armas

Chuck Kennedy / The White House

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama

O presidente norte-americano anunciou esta terça-feira regras mais apertadas de revisão de antecedentes criminais para a venda de armas. Com o decreto assinado por Obama, o governo tenta diminuir os ataques por arma de fogo no país, que a cada ano deixam 30 mil mortos, de acordo com as estatísticas oficiais.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, regressou no início desta semana a Washington para iniciar o último ano do seu mandato e o primeiro grande desafio passa por controlar a venda de armas.

Em linhas gerais, e segundo adiantou a Casa Branca, o decreto tem quatro objetivos principais.

Um deles é a maior revisão de antecedentes criminais, com a qual o governo pretende impedir que as armas sejam vendidas a criminosos ou pessoas que foram detidas pela polícia. Espera-se assim aumentar a segurança nas comunidades e diminuir a violência armada.

Além disso, pretende-se estabelecer que os estados sejam obrigados a aumentar o financiamento para o tratamento de doenças mentais e registá-las no sistema de revisão de antecedentes criminais.

Outro objetivo é aumentar o financiamento para tecnologia de segurança de armas, como as chamadas smartguns (armas inteligentes).

O decreto vai aumentar ainda a revisão obrigatória de antecedentes criminais para vendas de armas em estabelecimentos comerciais, pela Internet, em exposições e no caso de vendas corporativas.

O decreto assinado por Obama tem caráter unilateral, ou seja, foi assinado sem a apreciação do Congresso norte-americano, mas para que a revisão de antecedentes seja completa – e alcance todas as modalidades e compradores de armas – o Congresso precisa de rever o texto.

O presidente norte-americano já se tinha reunido com consultores para discutir a segurança de armas antes de sua viagem de fim de ano para o Havai e anunciou esta tarde a sua decisão, mostrando-se bastante emocionado.

Durante o seu discurso, Obama insistiu que o Congresso americano precisa de agir perante esta situação e relembrou a morte de todas as crianças provocadas por armas de fogo.

“Sempre que penso naquelas crianças fico louco”, recordou Obama ao pensar em todos os massacres perpetuados em escolas americanas, enquanto limpava as lágrimas.

ZAP / Agência Brasil

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