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Obama apresentou proposta para subir impostos aos ricos

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Barack Obama / Flickr

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama

O presidente dos EUA apresentou esta segunda-feira a sua proposta orçamental centrada na alta de impostos e no aumento de impostos sobre os ricos, documento que permite a Barack Obama detalhar a sua visão da luta contra as desigualdades.

Desde que foi apresentada, a proposta de orçamento, no montante de quatro biliões (milhão de milhões) de dólares (3,5 biliões de euros), confrontou-se com a oposição dos republicanos, que agora controlam as duas câmaras do Congresso e estão centrados no próximo desafio eleitoral, a eleição presidencial de 2016.

O republicano Orrin Hatch, presidente da comissão senatorial do Senado, deu o tom das críticas dos adversários de Obama, ao considerar que esta nova declinação “das mesmas políticas de redistribuição que fracassaram” apenas “cede aos caprichos da base democrata”, acrescentando que o espesso documento enviado para o Congresso não faz nada para colocar o país em bases orçamentais sadias.

O presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, sintetizou o documento de forma crítica dizendo que se trata de “mais impostos, mais despesa”.

O debate anuncia-se áspero nas próximas semanas e nos próximos meses. Mas ao avançar com a sua “economia da classe média”, Obama pretende, desde logo, a dois anos de sair da Casa Branca, influenciar os termos do debate em 2016.

“Será que vamos aceitar uma economia na qual apenas alguns aproveitam excecionalmente bem?”, questionou Obama, em tom de desafio, ao apresentar as grandes linha do documento, que se apoia na recuperação do crescimento e na criação de emprego “a um ritmo sem precedentes depois dos anos 90”.

Destacando a redução do défice orçamental, que em 2014 caiu abaixo do equivalente a 3% do produto interno bruto (PIB) pela primeira vez desde 2007, Obama considerou que os EUA podem “investir e manter-se orçamentalmente responsáveis”.

Propondo um défice orçamental de 474 mil milhões de dólares (2,5% do PIB), Obama detalhou um plano de investimentos, com um horizonte de seis anos, em infraestruturas, como estradas e pontes, num montante de 478 mil milhões de dólares.

Este plano seria financiado em parte pelas receitas de um imposto sobre os lucros conseguidos no estrangeiro pelas empresas norte-americanas.

Estes lucros só pagam impostos a nível federal quando são repatriados para os EUA, o que faz com que as multinacionais norte-americanas conservem verdadeiros ‘tesouros de guerra’ no estrangeiro.

/Lusa

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