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Jornalista francês entrevistou Marcelo sem saber quem era

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Um jornalista francês da TF1 abordou Marcelo Rebelo de Sousa em Nova Iorque, no âmbito da Assembleia Geral da ONU, pensando que era um diplomata qualquer e ficou envergonhado quando ele lhe disse que era “o Presidente da República de Portugal”.

O insólito momento aconteceu com Martin Weill, jornalista da TF1, que já foi apelidado pelo jornal francês L’Express como um “Tintim genial” do jornalismo da vida real.

O repórter do programa “Le Petit Journal”, que apresenta temas de informação internacional num tom descontraído, está nos EUA, para cobrir as eleições presidenciais, e deu um saltinho a Nova Iorque para fazer a cobertura da 71ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Foi aí que abordou Marcelo Rebelo de Sousa para lhe perguntar se estava “inquieto” com o resultados das eleições norte-americanas que vão ser disputadas entre Donald Trump e Hillary Clinton.

Marcelo não quis comentar, justificando que não fala “dos problemas de outros países, especialmente quando são países amigos”.

E foi então, que Martin Weill lhe perguntou a que delegação pertencia e qual a sua função.

“Sou o Presidente da República de Portugal”, atirou Marcelo perante o ar embaraçado do jornalista.

O caricato momento está a fazer as delícias dos utilizadores das redes sociais e foi exibido no programa do Canal Plus perante uma plateia que não conteve as gargalhadas.

“Martin, acabaste de dar um grande golpe nas relações diplomáticas França-Portugal”, disse o apresentador do “Le Petit Journal”, Yann Barthès, num tom bem humorado.

E o jovem repórter respondeu com a promessa de que vai “rever os chefes de Estado”.

Martin Weill é actualmente, o “jornalista vedeta do Canal Plus”, de acordo com o site TéléOBS que fala dele como um verdadeiro “fenómeno” que “não consegue entrar num bar sem que lhe peçam selfies“.

A publicação ainda nota que o jovem de 29 anos fala um Inglês “british” perfeito, “fala bem” o Espanhol e dá uns toques de Português – mas está visto que precisa de reforçar os seus conhecimentos quanto à realidade política portuguesa.

No Le Petit Journal, Martin Weill é um verdadeiro repórter globetrotter e já esteve na Grécia para falar dos nazis da Aurora Dourada, foi ao Líbano apresentar os campos de refugiados sírios, ao funeral de Mandela na África do Sul e esteve nos confrontos inter-raciais em Ferguson, nos EUA.

Os média franceses elogiam-lhe a capacidade de despertar a atenção dos mais novos para os temas da política internacional e o site Gala.fr fala dele como o “sex symbol” do Canal Plus.

SV, ZAP

9 Comments

  1. De estranhar sim, era se o Jornalista “François” soubesse quem era …. coitaditos … no futebol nem cheiram, em conhecimentos “genéricos” andam sem olfacto….

  2. A imbecilidade e o analfabetismo de grande parte de jornalistas não é uma exclusividade de Portugal. A UE e seus “macacos” no melhor que têm para conhecer.

  3. Mas alguém espera que alguém noutros países saiba os nomes dos políticos portugueses? Tanto quanto os portugueses conhecem os nomes de governantes de países de importância equivalente a Portugal. Confesso desde já a minha ignorância, que imagino ser coletiva. Alguém diz os nomes de Presidentes da República e Primeiros Ministros de outros países europeus, sendo que a maioria são membros da União Europeia, como:
    – Moldávia, Georgia, Roménia, Bulgária, República Checa, Eslováquia, Croácia, Servia, Malta, Macedónia, Lituania, Estónia, Letónia?

    • Hahahaa!…
      “países de importância equivalente a Portugal?!..”
      Deve ser mesmo triste seres tão ignorante!…
      Não sei qual é o idioma oficial desses países, mas nenhum deles deve ser o 6º mais falado do mundo – como é o português (o francês é “apenas” o 18º!)
      E desconfio que também nenhum deles é o primeiro (e mais antigo e dourado) império do mundo!..
      Portanto, são “pormenores” muito importante, mas que, pelos vistos, passam ao lado de certos palermas..

  4. Caro João Cunha. Tem toda a razão. Infelizmente os portugueses que vejo por aqui a comentar (leia-se no ZAP e não nesta notícia) têm muita dificuldade em colocar-se noutra posição que não a sua. Daí tanta imbecilidade e tanta falta de compreensão das matérias e tanto disparate. É claro que conhecemos apenas os dos maiores países ou aqueles que por motivos geográficos, culturais, linguísticos, etc nos são mais próximos.

  5. Yann Barthès e Martin Weill não trabalha mais para Canal Plus mas para a rede TF1. Talvez é bem vergonhada de não conhecer o presidente do Portugal, mas jornalista portuguès deve tb verificar as informações, não é ?

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