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Novo tratamento melhora vida de doentes com cancro da próstata

urologysa / Flickr

Terapia de radiação para o cancro da próstata numa unidade hospitalar

Terapia de radiação para o cancro da próstata numa unidade hospitalar

Um novo tratamento com Radio 233, lançado no início do ano no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), permite uma melhoria da qualidade de vida dos doentes com cancro da próstata.

O tratamento, que já era administrado em duas instituições privadas, chegou agora, pela primeira vez, a um hospital público e, segundo a diretora do serviço de Medicina Nuclear do CHUC, Gracinda Costa, permite “dar qualidade de vida aos doentes” com cancro da próstata, controlando a dor provocada pelas metástases ósseas, podendo também registar-se “ganhos no aumento de vida”.

O tratamento consiste na administração de uma substância radioativa (o Radio 233), através de seis injeções intravenosas, ao longo de seis meses, explanou.

O rádio, sendo um elemento químico análogo ao cálcio, vai fixar-se no osso. Deste modo, as metástases ósseas, como captam “mais cálcio”, vão também, “captar mais rádio”, o que ajuda a controlar e a garantir que “não cresçam”, apesar de não ser possível destruir essas metástases com este tratamento, afirmou Gracinda Costa.

É como se fosse um míssil dirigido“, exemplifica, referindo que “as metástases têm um apetite imenso”, sendo que, apesar de o rádio se difundir “por todo o corpo, vai-se localizar mais no sítio onde estão as metástases”, destruindo o DNA das células metastáticas.

A quantidade de substância administrada é pequena – na ordem dos três nanogramas (três bilionésimos de grama) – sendo um tratamento “seguro, porque a toxicidade é muito limitada”, frisou.

O tratamento Radio 233 está a ser aplicado a apenas um doente do CHUC, desde janeiro, registando-se já algumas “melhorias de qualidade de vida”, apesar de a terapia ainda não ter sido concluída, avançou.

Esta sexta-feira, Portugal assinala o Dia Nacional da Próstata.

O cancro da próstata é uma das doenças oncológicas mais frequentes nos homens, constituindo, neste grupo, a segunda causa de morte por cancro.

/Lusa

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