Nova caneta de adrenalina chega às farmácias esta semana

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Uma nova caneta com adrenalina, usada em casos de reação alérgica grave, estará à venda nas farmácias a partir de quarta-feira, uma medida que visa resolver as dificuldades no abastecimento com o único fármaco até agora disponível no mercado.

Até hoje, estava à venda no mercado o Anapen, uma seringa pré cheia de adrenalina (epinefrina), que está inserida num dispositivo de injeção automática, que é usada no tratamento de emergência de reações alérgicas graves ou de anafilaxia.

O abastecimento deste produto registou nos últimos tempos várias dificuldades.

Um responsável da distribuidora da Anapen, a AMDPassos, explicou à Lusa que as dificuldades no abastecimento se deveram às alterações nas regras europeias, que obrigaram à mudança do Resumo das Características do Medicamento (RCM).

Uma dessas alterações foi a recomendação ao doente para este ter sempre consigo duas canetas, pois a seguir a uma crise e à administração da adrenalina, existe um forte risco de se registar um novo ataque.

As alterações do dossier deste medicamento estão atualmente nas mãos do organismo que regula o setor, o Infarmed, acrescentou a mesma fonte, garantindo que o Anapen nunca deixou de estar no mercado, mas através de uma autorização excecional e importado de França.

Este responsável acredita que, em agosto, o processo estará concluído, altura em que deverão estar no mercado dois medicamentos, uma vez que o Infarmed anunciou hoje que as farmácias vão disponibilizar, a partir de quarta-feira, o Epipen.

Trata-se, tal como o Anapen, de “um novo medicamento de emergência para as reações alérgicas agudas que pode ser administrado pelo próprio doente”.

O Epipen é vendido nas dosagens de 150 e de 300 microgramas, numa solução injetável em seringa pré cheia.

“Este medicamento destina-se a ser usado como dispositivo de emergência para autoadministração de epinefrina (adrenalina), por pessoas sem formação médica nem treino de enfermagem, em situações cujo atendimento médico imediato não esteja disponível, de forma a evitar situações de risco de vida por choque anafilático”, prossegue o comunicado do Infarmed.

Tanto o Anapen como o Epipen são Medicamentos Sujeitos a Receita Médica (MSRM) e comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), custando cerca de 50 euros por seringa para o utente.

Em Portugal são vendidas anualmente menos de sete mil seringas de Anapen.

/Lusa

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