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“Nós ouvimos-te, Taylor Swift”: Apple Music afinal vai pagar aos artistas no período de adesão gratuita

A Apple, que no dia 30 lança o seu novo serviço de streaming de música, anunciou que irá pagar aos artistas pelo licenciamento de músicas durante os três primeiros meses gratuitos de adesão ao serviço.

A propósito do lançamento do Apple Music, que será concorrente do Spotify, a Apple tinha anunciado um período de utilização livre, sem pagamento de subscrição por parte dos consumidores, e tencionava pagar “royalties” às editoras e aos artistas apenas depois desses três meses experimentais.

A empresa norte-americana acabou por voltar atrás na decisão depois da cantora norte-americana Taylor Swift ter anunciado no domingo, numa carta aberta à Apple, que o seu mais recente álbum, “1989”, não estaria disponível no Apple Music.

Taylor Swift, que em outubro passado vendeu mais de um milhão de cópias de “1989” na semana de lançamento, afirmou que a decisão da Apple de não pagar aos artistas era “chocante, decepcionante e totalmente contrária a uma empresa historicamente progressista”.

“Três meses é muito tempo para que não se pague e é injusto que se peça a alguém que trabalhe para nada”, sublinhou a cantora, de 25 anos, que em novembro do ano passado fez um ultimato por motivos semelhantes ao Spotify – que não cedeu e deixou de contar com os álbuns de originais da cantora desde então.

No Twitter, um dos vice-presidentes da Apple, Eddy Cue, escreveu no domingo que “a Apple irá sempre assegurar-se de que os artistas serão pagos”. “Nós ouvimos-vos, Taylor Swift e artistas independentes“, acrescentou.

O serviço de streaming de música que a Apple lançará no dia 30, em cerca de cem países, junta-se a outros já existentes no mercado, como Spotify, YouTube, Deezer e Pandora.

De acordo com a Federação Internacional da Indústria Discográfica, em 2014 cerca de 41 milhões de pessoas pagaram por uma subscrição de escuta de música legal na Internet através deste tipo de serviços.

Os serviços de streaming representam atualmente cerca de 23% do mercado digital e geram cerca de 1,6 mil milhões de dólares de receitas, segundo a federação.

/Lusa

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