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Ninhos de cegonhas removidos da A25

Husond / Wikimedia

As características cegonhas da A25

As características cegonhas da A25

A ASCENDI, concessionária da A25, anunciou esta quinta-feira que fez a transferência dos ninhos de cegonhas que estavam junto ao nó de Angeja, para uma zona próxima, por razões de segurança.

Numa nota à imprensa, aquela empresa informa que “procedeu a uma complexa operação de transferência para local apropriado dos 20 ninhos de cegonha-branca (Ciconia ciconia) que estavam instalados sobre os pórticos de sinalização da autoestrada A25, nas imediações de Angeja, junto à Ria de Aveiro”.

A transferência, realizada nos dias 09 e 10, com a ajuda de uma grua, é justificada pela dimensão e peso dos ninhos, que “podem chegar a atingir um metro de diâmetro e quase 500 quilos de peso” e pela sua localização “inapropriada” sobre a autoestrada.

Os ninhos construídos pelas cegonhas na Ria de Aveiro e, em particular, sobre pórticos de sinalização da A25, tinham vindo a aumentar de número nos últimos anos, pelo facto de a zona ser propícia à procriação da espécie, por terem nas proximidades variados habitats ricos em alimentação.

Segundo a ASCENDI, decorriam voos de cegonhas muito próximos dos veículos, que “colocavam em risco a integridade das aves desta espécie protegida e, particularmente, a segurança dos condutores”.

A empresa optou por transferir os ninhos para um local próximo, “construído especialmente e com as características necessárias, para fácil adaptação dos animais ao seu novo local de nidificação”.

A remoção dos 20 ninhos e o transporte para o novo local ocorreu sob a supervisão do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), tendo sido reinstalados numa estrutura construída “a escassas dezenas de metros do anterior local, por forma a acomodar as aves em local seguro, ainda assim próximo da zona que lhes é familiar”.

Dado que a espécie regressa sempre aos mesmos locais de nidificação, a ASCENDI adianta que “serão tomadas medidas para evitar a constituição de novos ninhos nos pórticos de sinalização localizados sob a via”.

/Lusa

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