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PJ encontrou mulher desaparecida em Grândola a ser estrangulada pelo ex-companheiro

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European Parliament / Flickr

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O diretor da Polícia Judiciária de Setúbal disse esta sexta-feira à Lusa que o suspeito de rapto de uma mulher em Grândola, distrito de Setúbal, tentou asfixiar a ex-companheira quando se apercebeu de que a polícia lhe estava a entrar em casa.

Fomos nós que lhe tirámos a mulher das mãos quando estava a tentar asfixiá-la com uma fita de plástico. A mulher está mal, foi assistida no local por uma equipa do INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica], mas espero que consiga recuperar”, disse à agência Lusa o diretor da Polícia Judiciária (PJ), Vítor Paiva.

A SIC Notícias avança que a mulher, de 37 anos, está em coma. A mulher foi encaminhada em estado crítico para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse à Lusa fonte oficial do INEM.”Encontra-se em situação crítica, em estado grave”, acrescentou.

O diretor da PJ de Setúbal adiantou que “o suspeito, quando se apercebeu de que estava iminente a intervenção da polícia na sua habitação, tentou asfixiá-la com uma fita de plástico”.

Uma outra fonte da PJ contou à Lusa que as autoridades viram-se obrigadas a uma intervenção musculada para deter o suspeito, o qual, depois de perceber as movimentações no exterior da casa, barricou-se no seu interior, fechou três portas e colocou móveis à frente para impedir a sua abertura.

De acordo com o Público, o filho do suspeito, um jovem de 17 anos, também se encontrava em casa na altura da detenção, tendo sido levado para as instalações da PJ para ser interrogado.

O homem já tinha antecedentes criminais, tendo sido anteriormente condenado e preso por um processo de abuso sexual a uma criança de 14 anos, sua enteada. Além disso, a PJ avançou à SIC que o homem tinha antecedentes de violência doméstica, nomeadamente queixas da sua ex-companheira.

“Esta mulher acabaria por ser vítima de um homicídio sob qualquer pretexto”

Vítor Paiva disse que a PJ acreditava que, “mais tarde ou mais cedo, o suspeito regressaria a casa ou já estaria lá”, salientando que pessoas e casas estavam a ser vigiadas há vários dias.

“Estamos convencidos de que esta mulher acabaria por ser vítima de um homicídio sob qualquer pretexto, e o suspeito acabou por dar razão a esta convicção ao tentar asfixiá-la quando se apercebeu do movimento tático/policial para entrar em casa”, sublinhou.

Segundo o diretor, a PJ percebeu que o suspeito estava no interior da habitação, em Azinheira de Barros, no concelho de Grândola, e acabou por detê-lo cerca das 7h de hoje.

Quando foi feita a intervenção, fonte da PJ informou que a vítima “foi encontrada esta manhã com vida, mas maltratada”.

Vítor Paiva adiantou que a PJ vai agora tentar reconstituir tudo o que o suspeito e a ex-companheira fizeram nos últimos dias e investigar a passagem de uma viatura nos pórticos da Via Verde de Boliqueime e Tavira, no Algarve.

A fonte da Polícia Judiciária de Setúbal indicou à agência Lusa que foram alertados na segunda-feira para o desaparecimento de uma mulher, de 37 anos, que foi trabalhar e não regressou à hora habitual, tendo sido encontrado o veículo em que se fazia transportar. O diretor da PJ de Setúbal disse ainda que não foi encontrada a viatura roubada e usada para abalroar o carro da mulher.

“O desaparecimento ocorreu em circunstâncias não muito vulgares, o que pode levantar a suspeita de crime”, adiantou então a fonte da PJ.

A investigação do caso estava a ser efetuada pela PJ de Setúbal, depois do desaparecimento da mulher ter sido participado no Destacamento Territorial de Grândola da GNR.

ZAP // Lusa

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