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Misericórdia de Lisboa apresenta queixa-crime contra ex-diretora

Pedro Nunes / Lusa

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

A Misericórdia de Lisboa apresentou na semana passada uma queixa ao Ministério Público contra a antiga diretora do Departamento de Empreendedorismo e Economia Social, Maria do Carmo Marques Pinto.

A Procuradoria-Geral da República confirmou ao Público que participação foi entregue no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa de Lisboa (DIAP) e visa diretamente a ex-diretora do departamento e “outros”. Em causa está a aquisição de serviços para o Banco de Inovação Social (BIS) e para o projeto de empreendedorismo intergeracional United At Work (UAW), em que nunca foram entregues os serviços pagos.

Maria do Carmo Marques Pinto foi fundadora do BIS e responsável pelo lançamento do projeto UAW, que em 2013 obteve um financiamento da Comissão Europeia de perto de 900 mil euros.

A antiga diretora propôs a contratação de empresas espanholas de que o marido, o advogado e empresário catalão Casimir Oriol, era sócio e que nunca entregaram os serviços pagos. De acordo com o Público, surgiram denúncias de trabalhadores da área do audiovisual que acusavam algumas empresas espanholas contratadas pelo Departamento de Empreendedorismo da SCML de nunca lhes terem pago os serviços prestados.

De acordo com o Público, com dados do portal Base e do registo comercial espanhol, em 2013 a SCML contratou serviços a essas empresas – a principal das quais é a Loft Works Editorial Design SL -, por ajuste direto e por proposta da então diretora do Empreendedorismo, no valor de cerca de 150 mil euros.

Maria do Carmo Marques Pinto, que foi afastada do cargo há um ano, garante que só cumpriu o que foi proposto pela Misericórdia e que não houve qualquer favorecimento em relação ao seu marido, alegando que não sabia de quem eram as empresas.

Na altura do seu afastamento, a única explicação foi que “o Dr. Santana Lopes enalteceu o meu trabalho, mas disse que eu não tinha correspondido ao que era exigível a um diretivo da Santa Casa”, referiu a própria.

ZAP

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