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Ministro da Educação tentou travar nomeações do secretário de Estado

(dr) O Minho

O ministro da educação, Tiago Brandão Rodrigues

O Secretário de Estado da Juventude João Wengorovius Meneses e o ministro da Educação entraram em choque por supostas interferências nas nomeações.

De acordo com o Expresso, as divergências prendiam-se com a escolha de pessoas para alguns cargos, sendo que nos últimos tempos também a relação entre o secretário de Estado e o seu chefe de gabinete – mais próximo do ministro, Tiago Brandão Rodrigues – se tinha degradado.

“Não saí por nenhum episódio em especial, mas por um avolumar de situações contrárias à minha forma de gerir recursos, pessoas e maneira de estar na política”, descreve o secretário de Estado demissionário.

A demissão de João Wengorovius Meneses foi anunciada na terça-feira à noite, através de uma nota colocada no site da Presidência da República que dava conta da tomada de posse, esta quinta-feira, do seu sucessor, o deputado do PS de Viseu João Paulo Rebelo, em conjunto com os novos ministro e secretário de Estado da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes e Miguel Honrado.

O próprio confirmou-a com uma nota no Facebook em que assumiu “o seu profundo desacordo com o sr. ministro da Educação no que diz respeito à política para a juventude e o desporto, e ao modo de estar no exercício de cargos públicos”.

O Diário de Notícias descreve que João Wengorovius Meneses ter-se-á demitido devido a uma crescente intervenção do ministro no seu gabinete.

De acordo com o DN, Tiago Brandão Rodrigues estaria a tentar interferir em nomeações do secretário de Estado demissionário para institutos na sua dependência, nomeadamente o Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) e a Movijovem, que gere as pousadas de juventude.

O ministro terá também dado ordens diretas a Joana Branco Lopes, adjunta de Wengorovius Meneses, proibindo-a de representar a secretaria de Estado em reuniões.

No Facebook,  Joana Branco Lopes desabafou: “É tempo de arrumar a trouxa, com o sentimento de que dei tudo à causa pública a que fui chamada, com a máxima lealdade, dedicação e competência, apesar do bullying político constante.”

A Wengorovius Meneses foi ainda atribuído um chefe de gabinete, Nuno Félix, que o terá sujeito a situações de exposição pública com as quais não contava, e a quem tentou demitir – mas o ministro não o permitiu.

ZAP

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