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Rede organizada pode estar por trás das fugas no aeroporto de Lisboa

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Comparsa Fotografia / Flickr

O Ministério Público abriu um inquérito-crime para investigar as fugas e tentativas de fuga que ocorreram no aeroporto de Lisboa, visto que há fortes suspeitas de que redes de crime organizado estejam relacionadas com os casos.

A notícia é avançada esta terça-feira pelo Jornal de Notícias, que adianta que as redes em causa estarão sediadas na Argélia.

As autoridades suspeitam que as redes de crime organizado ajudem os imigrantes à chegada e saída de Portugal, em rotas de Argel-Casablanca e Casablanca-Argel, com escala prolongada em Lisboa.

O inquérito-crime foi aberto após seis argelinos terem tentado forçar a porta de emergência do avião onde seguiam, em outubro.

Os seis indivíduos acabaram por ser detidos e levados a tribunal, tendo o juiz decidido pela sua expulsão de Portugal.

No mesmo mês, um argelino chamado Mohamed A.I. fugiu do aeroporto, depois de ter sido autorizado por um funcionário do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) a sair da zona de trânsito para ir fumar um cigarro.

Segundo as autoridades, o homem passou pelo controlo da fronteira e fez o percurso normal dos passageiros até sair pela porta principal – e, até hoje, ainda não foi encontrado.

Antes disso, outro argelino tinha conseguido fugir a 22 de setembro, um marroquino escapou em julho e outro já tinha conseguido fazê-lo em junho.

Em julho, quatro argelinos também tentaram escapar pela pista de aterragem, mas foram apanhados pela polícia e condenados a quatro anos de pena suspensa.

O JN recorda que, no total, já estiveram 14 pessoas envolvidas em fugas e tentativas de fuga no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

A investigação estará a cargo do SEF, mas a instituição ainda não confirmou a informação.

BZR, ZAP

3 Comments

  1. Parece-me que estas noticias se compaginam com muita incapacidade dos serviços respectivos.
    Seria bom fazerem-se investigações a sério tendentes às sanções que a Lei determine.
    Menos folklore e mais profissionalismo.É preciso e urgentemente.

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