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Ministério da Educação esclarece polémica das calculadoras

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As associações de pais contestam as normas definidas para o exame nacional de Física e Química, que proíbem o uso de calculadoras gráficas, temendo que obriguem à compra de duas calculadoras, mas o ministério garante que não será necessário.

“Têm as famílias de suportar a aquisição de dois tipos de máquinas de calcular, quando a utilização das calculadoras gráficas é promovida em sala de aula e é um instrumento normal do trabalho dos nossos filhos e educandos?”, questiona a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), em comunicado.

O Ministério da Educação, em resposta à agência Lusa, garante que “não, os alunos não têm de comprar uma segunda calculadora”.

“Na prática, apenas vai ser necessário usar em exame a máquina de calcular que, por regra, se usou até ao 9.º ano do ensino básico. Neste ciclo de ensino, não é requerido o uso de calculadora gráfica em nenhuma das disciplinas que constituem o currículo. O investimento que as famílias fizeram continua a ser absolutamente válido”, lê-se na resposta da tutela.

Assim, de acordo com as explicações do ministério, para o ensino secundário, os pais terão apenas que comprar a calculadora gráfica, que, apesar de proibida em exames, será usada em contexto de aulas em Física e Química A, mas também em Matemática A.

Nas normas publicadas pela Direção-Geral de Educação (DGE), determina-se que, para o exame nacional de Física e Química de 2016-2017, “os alunos deverão ser portadores de calculadoras científicas, não sendo permitido o uso de calculadoras gráficas”.

Apesar de proibir o uso no exame nacional, a DGE afirma, num ofício datado de 10 de Outubro, que em sala de aula a utilização de máquinas de calcular gráficas “deve ser uma prática a considerar, nomeadamente, em atividades nas quais se utilizam sistemas de aquisição automática de dados, bem como no tratamento de dados experimentais, incluindo o traçado de gráficos”.

Já foi criada uma petição online que pede à Direção Geral da Educação a aprovação da utilização da calculadora gráfica nos exames nacionais de Física e Química, mas a DGE entende que “ponderadas as vantagens e desvantagens, considera-se que é possível elaborar provas válidas e representativas do currículo da supracitada disciplina, sem que se utilizem as calculadoras gráficas”.

O ofício da DGE refere ainda que este tipo de máquina de calcular pode ser usado num dos dois cadernos que compõem o exame nacional de Matemática A, e que ao longo do ano, para a disciplina de Matemática a calculadora gráfica “deverá ser utilizada nos termos preconizados nos documentos curriculares em vigor”.

ZAP / Lusa

5 Comments

  1. Coitadinhos dos bébés. è justo que se deixem utilizar as calculadoras graficas ou outras pois os marmanjos nem sabem a tabua da cor e, sendo assim TUDO se justifica. Puxem pela cabeça, aprendam a pensar como os do nosso tempo( Já cá cantam muitas primaveras) e os de muitos séculos atrás. Já pensaram um pouco para saberem como os arquiteteso de há 500, 600 e mil anos conseguiam edificar monumentos maravilhosos( Jeronimos, Batalha , Torre dos Clerigos ) sem as calculadoras graficas e ou outras a menos que fossem ajudados pelos extraterrestres.Se ele river possibilidades de vêr e ouvir estes disparates o Leonardo da Vinci, deve estar a rebolar-se a rir da estupidez que grassa no meio estudantil, professores , pais e afins. Tenho dito para que conste.

  2. Eu comprei uma calculadora cientifica, que custou quase 200€ para o meu filho, porque foi imposto pela escola, fruto do plano curricular imposto pelo anterior governo. Sendo proibido, o seu uso, por este governo, exijo a devolução do dinheiro.

  3. Muito bem pensado. Exigam tudo o que o anterior governo vou roubou ? mas não se esqueçam de para o próximo exigirem o que este também nos vai roubar. Parece impossivel como pesssoas perdem tempo a”exigir” o que sabem não ser possivel. Pelo menos poderá aprender a fazer contas de somar, subtrair e outras. Já agora, quanto é que os meninos e paisinhos que muito exigem, gastarem com os seus meninos em festivais, noitadas e afins ?. Tenham juizinho nessa mioleira. Exijam isso sim, qualidade de vida, que não nos roubem no IMI e outras taxas e taxinhas e exigam que não se lembrem de nos taxar o ar que respiramos. Também pouco falta para isso. PS . Não tenho simpatias politicas mas sim o que se chama de “bom senso”.

  4. Eu sou aluna de Faculdade e no meu tempo de secundária usava-se calculadoras gráficas em Matemática A e em Fisica e Quimica porque fazia-se gráficos e leituras de dados. MAS também dá para meter cábulas e escrever na calculadora. Ora assim sendo, e como Fisica e Quimica tem teórica, não é permitido levar calculadoras com possibilidade de levar cábulas. Isto é a minha ideia da proibição desta calculadora para estes exames. Agora, não barelhemos conceitos: Calculadora GRAFICA custa 100 euros para cima e faz gráficos. Calculadora CIENTIFICA custa 20-50 euros, uma normal, todos usámos na primária. Faz contas de somar, dividir, Combinações de probabilidades, trignometria, logaritmos e raízes quadradas. Agora, não me diga que paga 200 euros por uma máquina dessas, porque é mentira. Vá procurar em casa que de certeza tem uma antiga e dê ao seu filho. Na minha faculdade tenho sempre de andar com uma cientifica e uma gráfica, e só tive de pagar mais pela gráfica.

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