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Milhares de espanhóis protestam por luz a preço justo

Jan Slangen / Flickr

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Milhares de pessoas mobilizaram-se hoje em 23 cidades espanholas para iniciar uma campanha de protesto contra o preço pago pelos consumidores por causa “da dívida das elétricas e das tarifas manifestamente injustas”, indicou hoje a associação de consumidores (Adicae).

As manifestações, sob o lema “Luz a Preço Justo“, foram apoiadas por mais de 500 organizações e realizaram-se em Madrid, Saragoça, Barcelona, Alicante, Valência, Múrcia, Santander, Cáceres, Badajoz, Don Benito, Las Palmas, Sevilha, Cádis, Almeria, Granada, Málaga, Jaén, Córdoba, Huelva, Santiago de Compostela, Toledo, Bilbau e Logrõno.

Segundo a Adicae, as mobilizações para esta jornada “constituem um ponto de partida de uma iniciativa global”, que se efetua conjuntamente com centenas de organizações sociais a reivindicar uma “reforma da reforma elétrica”.

Além de “denunciar o abuso a que se está a submeter milhões de famílias”, a Adicae indicou que os “consumidores não vão continuar a aceitar a situação”, pelo que exigem mudanças “imediatas e urgentes”, como a revisão do mecanismo de fixação de preços e de todos os custos que se imputam à tarfifa elétrica.

Solicitaram, também, a realização de uma auditoria independente ao denominado défice de tarifa e a participação dos consumidores neste processo destinado a clarificar a dívida e a definir o que é legítimo.

Entre as exigências dos consumidores figura a “garantia de acesso à eletricidade por todos os lares a um preço justo e que seja considerado um serviço de primeira necessidade” e que não se corte a eletricidade em nenhum momento aos grupos mais vulneráveis da sociedade por atraso no pagamento da luz.

A Adicae pretende, ainda, que haja a garantia e o apoio ao consumo de energias renováveis, a recuperação do carácter de serviço público que o sistema eletrico tinha e uma redução do IVA aplicado de 21 para quatro por cento.

A associação vai transmitir ao ministro da Indústria a necessidade de avançar para uma reforma e apresentar propostas para que os consumidores não sejam meros agentes passivos que “carregam às costas os custos do setor”.

A Adicae pretende também um acompanhamento da situação das famílias em maiores dificuldades para pagar a eletricidade, tendo dados de 2012 indicado que a luz foi cortada a 1,4 milhões de consumidores.

/Lusa

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