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Mexicano que interrompeu Nobel da Paz expulso da Noruega

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O universitário mexicano Adán Cortés Salas interrompeu a cerimónia de entrega do prémio Nobel da Paz a Malala

O universitário mexicano Adán Cortés Salas interrompeu a cerimónia de entrega do prémio Nobel da Paz a Malala

O universitário mexicano Adán Cortés Salas, que na quarta-feira interrompeu em Oslo a cerimónia de entrega do prémio Nobel da Paz, foi hoje deportado para o México pelas autoridades norueguesas, informou a televisão pública NRK.

Jens-Ove Hagen, o advogado de Adán Cortés Salas, disse à NRK que o seu cliente tinha embarcado esta segunda-feira num avião com destino à Cidade do México, afirmação posteriormente confirmada pelas autoridades norueguesas.

Cortés Salas, cujo pedido de asilo político foi recusado há dias, permaneceu retido durante o fim de semana no centro para estrangeiros de Trandum, a norte de Oslo, enquanto aguardava a sua eventual expulsão e a resolução de um processo judicial.

Na sexta-feira um tribunal tinha determinado a sua liberdade condicional, com a obrigação de se apresentar diariamente a um juiz até ser eventualmente expulso do país, mas a decisão foi antecipada após uma iniciativa da polícia.

Os responsáveis policiais pretendiam a prisão preventiva de Cortés Salas por existir risco de fuga e por violação das leis de imigração.

Cortés Salas subiu ao estrado com uma bandeira do México quando a paquistanesa Malala Yusafzai e o indiano Kailash Satyarthi acabavam de receber o Nobel da Paz na câmara municipal de Oslo, e permaneceu alguns segundos no local até ser retirado por seguranças.

Em declarações à NRK, o jovem de 21 anos disse que pretendia chamar a atenção sobre a situação no México, em particular o desaparecimento de 43 estudantes no final de setembro na cidade mexicana de Iguala, após uma investida policial.

Após permanecer detido, Adán Cortés Salas foi transferido no domingo para o centro de internamento para estrangeiros de Trandum, após a polícia ter encerrado o caso na vertente penal com uma multa de 15.000 coroas (1.693 euros), imposta por “alteração da ordem pública” e “entrada ilegal” na câmara municipal de Oslo.

/Lusa

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