“La La Land” bate recorde e vence 7 Globos de Ouro

O filme “La La Land” triunfou no domingo nos prémios de cinema e televisão Globos de Ouro, conquistando os sete galardões para os quais estava nomeado. O momento da noite, no entanto, coube a Meryl Streep.

La La Land“, um tributo nostálgico aos musicais da época dourada de Hollywood, venceu em todas as categorias para que estava nomeado.

Foi considerado o melhor filme na categoria de comédia ou musical, e arrecadou também prémios de melhor realização (Damien Chazelle) e melhores interpretações masculina e feminina, para o par Emma Stone e Ryan Gosling.

O filme, que se estreia nos cinemas portugueses no dia 26, venceu ainda os prémios de melhor argumento (Damien Chazelle), melhor banda sonora original (Justin Hurwitz) e melhor canção (“City of Stars”).

O vencedor na categoria de melhor drama foi “Moonlight“, primeira longa-metragem de traços biográficos de Barry Jenkins.

Casey Affleck venceu na categoria de melhor ator de drama em “Manchester by the Sea”, e Isabelle Huppert na mesma categoria feminina, pelo desempenho em “Elle”, filme que conquistou também o galardão de melhor filme estrangeiro.

Os prémios de melhor atriz e ator secundários foram para Viola Davis (“Fences”) e Aaron Taylor-Johnson (“Animais Noturnos”).

Na televisão os prémios foram mais disputados: “The Crown” venceu a categoria de melhor série dramática e “Atlanta” a melhor série de comédia.

O melhor ator em série dramática foi Billy Bob Thornton (“Goliath”) e a atriz Claire Foy (“The Crown”). Na comédia, as interpretações favoritas foram de Donald Glover (“Atlanta”) e Tracee Ellis Ross (“black-ish”).

A minissérie “The Night Manager“, a partir de uma obra de John Le Carré, conquistou três dos quatro prémios para que estava nomeada: melhor ator de minissérie/telefilme (Tom Hiddleston), melhor ator secundário de série/telefilme (Hugh Laurie) e melhor atriz secundária de série/telefilme (Olivia Colman).

Meryl Streep arrasa Trump

Vencedora do prémio carreira, Meryl Streep criticou o Presidente eleito Donald Trump pela retórica de desunião – sem nunca referir diretamente o presidente eleito.

Houve uma performance este ano que me impressionou“, começou por dizer na abertura do seu discurso. “Partiu-me o coração quando vi e continuo sem conseguir tirar aquilo da cabeça porque não foi um filme. Foi a vida real”, afirmou a veterana de Hollywood, referindo-se a uma situação que ocorreu durante a campanha de Donald Trump no Estado da Carolina do Sul, quando o então candidato imitou Serge Kovaleski, um jornalista com deficiência.

“Este instinto para humilhar quando é moldado por alguém que está numa plataforma pública, por alguém poderoso, consegue infiltrar-se na vida de toda a gente. Desrespeito convida ao desrespeito. Violência incita à violência”, afirmou Meryl Streep no discurso de aceitação do prémio carreira que recebeu este domingo.

@goldenglobes/ Twitter

Meryl Streep na cerimónia de entrega do prémio Cecil B. Demille, nos Globos de Ouro 2017

Meryl Streep na cerimónia de entrega do prémio Cecil B. Demille, nos Globos de Ouro 2017

“Vocês e todos nós nesta sala pertencemos verdadeiramente aos segmentos mais vilipendiados da sociedade norte-americana neste momento. Pensem nisso. Hollywood, estrangeiros e a imprensa”, disse em tom de piada.

“Mas quem somos nós? E o que é Hollywood, de qualquer forma? Um monte de pessoas de outros sítios. Hollywood está cheia de forasteiros e estrangeiros. Se corrêssemos com todos, não havia nada para ver, a não ser futebol e artes marciais, que não são bem artes”, afirmou.

O discurso de Streep aconteceu a menos de duas semanas da tomada de posse de Trump, que realizou uma campanha contra mexicanos e muçulmanos.

Trump já respondeu: acusou Streep de ser uma grande “fã de Hillary“. Numa declaração ao jornal New York Times, o republicano disse que “não estava supreeendido” com o facto de ser alvo de críticas por parte de “pessoas dos filmes liberais”. No entanto, admitiu, não assistiu sequer ao discurso.

Lista dos vencedores

Cinema:

  • Melhor drama: “Moonlight”
  • Melhor comédia/musical: “La La Land”
  • Melhor realizador: Damien Chazelle, “La La Land”
  • Melhor ator de drama: Casey Affleck, “Manchester by the Sea”
  • Melhor atriz de drama: Isabelle Huppert, “Elle”
  • Melhor ator de comédia/musical: Ryan Gosling, “La La Land”
  • Melhor atriz de comédia/musical: Emma Stone, “La La Land”
  • Melhor ator secundário: Aaron Taylor-Johnson, “Nocturnal Animals”
  • Melhor atriz secundária: Viola Davis, “Fences”
  • Melhor filme estrangeiro: “Elle”
  • Melhor filme de animação: “Zootopia”
  • Melhor argumento: Damien Chazelle, “La La Land”
  • Melhor banda sonora original: Justin Hurwitz, “La La Land”
  • Melhor música original: “City of Stars”, “La La Land”

Televisão:

  • Melhor série dramática: “The Crown”
  • Melhor ator de drama: Billy Bob Thornton, “Goliath”
  • Melhor atriz de drama: Claire Foy, “The Crown”
  • Melhor série de comédia: “Atlanta”
  • Melhor ator de comédia ou musical: Donald Glover, “Atlanta”
  • Melhor atriz de comédia ou musical: Tracee Ellis Ross, “black-ish”
  • Melhor minissérie/telefilme: “The People vs O.J. Simpson”
  • Melhor ator de minissérie/telefilme: Tom Hiddleston, “O gerente da noite”
  • Melhor atriz de /minissérie/telefilme: Sarah Paulson, “The People vs O.J. Simpson”
  • Melhor ator secundário de série/minissérie/telefilme: Hugh Laurie, “O gerente da noite”
  • Melhor atriz secundária de série/minissérie/telefilme: Olivia Colman, “O gerente da noite”

Prémio Carreira Cecil B. DeMille: Meryl Streep

ZAP // Lusa

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