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“Meninos solares” paquistaneses já se mexem depois do pôr do sol

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Os "meninos solares" Shoaib Ahmed e Abdul Rasheed, dois irmãos de 9 e 13 anos, paralisam quando o sol se põe.

Os “meninos solares” Shoaib Ahmed e Abdul Rasheed, dois irmãos de 9 e 13 anos, paralisam quando o sol se põe.

Dois irmãos paquistaneses, conhecidos como os “meninos solares” porque ficam paralisados quando o sol se põe devido a uma doença desconhecida, começaram a recuperar a mobilidade à noite graças a um tratamento com neurotransmissores.

“Faz dois dias que, pela primeira vez em 13 anos, os meus filhos se mexeram durante a noite”, revelou à agência EFE o pai dos meninos, Mohamed Hashim, que acrescentou ter “chorado de alegria”.

“Subiram as escadas e beberam sozinhos”, descreveu.

O diretor-adjunto do Instituto de Ciências Médicas do Paquistão, Javed Akram, disse que o tratamento com neurotransmissores está a revelar-se um êxito mas que os médicos continuam a estudar a doença.

Os irmãos Shoaib Ahmed e Abdul Rasheed, de nove e 13 anos de idade, vão ser submetidos a estudos genéticos do ADN em Lahore (leste do Paquistão), depois de terem já realizado mais de 300 outros exames médicos.

“O uso de neurotransmissores foi um passo em frente. Agora esperamos que as análises do ADN nos deem mais informações acerca da doença e novas metodologias para a combater”, adiantou Javed Akram.

O caso tem desconcertado os médicos paquistaneses, que acreditam tratar-se de uma doença genética provavelmente devida ao facto de os pais serem primos.

“Estamos a explorar a genética da família, do pai, da mãe, do filho de um ano, também afetado, das irmãs, que não têm sintomas, e de familiares próximos, bem como circunstâncias ambientais como a água e o solo da povoação onde vivem”, afirmou Javed Akram.

Os irmãos, que visitaram a capital do Paquistão, Islamabad, na quinta-feira, receberam a visita do presidente do país, Mamnoon Hussain, que lhes deu presentes, desejou rápida recuperação e pediu às autoridades sanitárias que façam os possíveis para identificar a doença desconhecida.

ZAP / Lusa

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