/

Menino que sobreviveu a ataque aéreo é o novo símbolo da guerra na Síria

1

(dr) Aleppo Media Centre

Omran Daqneesh sentado na cadeira de uma ambulância, depois de ter sobrevivido a um ataque aéreo na cidade de Aleppo, na Síria

Omran Daqneesh sentado na cadeira de uma ambulância, depois de ter sobrevivido a um ataque aéreo na cidade de Aleppo, na Síria

A imagem de uma criança ferida, depois de um ataque aéreo na cidade síria de Aleppo, está a correr mundo para que se entenda o desespero das vítimas do conflito.

Omran Daqneesh tem cinco anos de idade, o mesmo tempo que dura a guerra que o leva a estar sentado numa cadeira na parte de trás de uma ambulância.

Coberto de pó, com sangue no rosto, estático e sem uma única lágrima, o menino foi um dos sobreviventes do ataque aéreo que fez três mortos e doze feridos no distrito de Qaterji, em Aleppo.

A zona onde vive na Síria é controlada por rebeldes e alvo das várias ofensivas aéreas por parte do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, que também é auxiliado pela Rússia.

Segundo a BBC, as imagens foram divulgadas pelo grupo de oposição ao Governo sírio, o Aleppo Media Center, como forma de chamar a atenção da comunidade internacional.

“A face atordoada e ensanguentada de uma criança resume o horror de Aleppo“, lamentou Adib Shishakly, que integra o grupo de oposição Conselho Nacional Sírio.

De acordo com a emissora britânica, o menino já teve alta hospitalar e está agora a recuperar junto dos seus familiares.

No ano passado, a imagem de Alan Kurdi, o menino sírio de apenas três anos que morreu afogado no Mediterrâneo, também se transformou num símbolo do drama dos refugiados.

Mas passado quase um ano, e depois de muitas críticas e um sem número de lamentações, a verdade é que a guerra na Síria continua e está longe de ter um fim.

Segundo a Unicef, cerca de cem mil crianças vivem em áreas controladas pelos rebeldes na cidade de Aleppo. Estima-se que mais de 400 mil pessoas já morreram no conflito.

ZAP / BBC

1 Comment

  1. Vergonha mundial, todos os intervenientes internos como externos têm culpas no genocídio por mais que se queiram fazer passar pelos bons da fita!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.