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Mega-fusão entre AT&T e Time Warner cria gigante dos média

(dr) HBO

Daenerys Targaryen personagem interpretada por Emilia Clarke na série Game of Thrones

Mais um episódio da “Guerra dos Tronos” das telecomunicações: o gigante americano das telecomunicações AT&T chegou a acordo para comprar a Time Warner, proprietária das cadeias de televisão CNN e HBO, e dos estúdios de cinema Warner Bros., por mais de 85 mil milhões de dólares.

Fonte bancária próxima do processo disse este sábado à agência noticiosa AFP que o acordo de fusão entre as duas empresas deverá mudar totalmente o cenário dos media norte-americanos.

O montante final será de 85,4 mil milhões de dólares (mais de 78 mil milhões de euros), por um valor de 107,5 dólares por cada ação da Time Warner.

O acordo foi avançado pelo Wall Street Journal este sábado, e anunciado oficialmente pela AT&T durante a noite.

Esta fusão deverá ser examinada pelas autoridades da concorrência porque a nova entidade valerá mais de 300 mil milhões de euros em bolsa, com as atividades a percorrer as telecomunicações, media, cabo e internet.

A AT&T, fornecedora de acesso a canais pagos e um dos grandes operadores de telecomunicações americanos, estava avaliada em 230,6 mil milhões de dólares na sexta-feira à noite pela bolsa de Nova Iorque, enquanto a Time Warner valia 69,9 mil milhões de dólares.

A Time Warner tem no seu catálogo filmes como as sagas do Harry Potter e da DC Comics e a série Game of Thrones, apresentando receitas anuais de perto de 30 mil milhões de dólares. A designação foi adquirida quando, em 1990, se concluiu a fusão entre a Time e a Warner Communications.

Esta é a maior fusão entre um fornecedor de acesso a canais pagos e um fornecedor de conteúdos desde a compra, em 2011, da NBC Universal pela Comcast.

Os service providers como a AT&T e a Verizon foram protagonistas (e perderam) a batalha contra a neutralidade da Internet nos EUA, que em fevereiro do ano passado acabou por evitar que os servidores de banda larga separem a velocidade e o tráfego online. No entanto, as fusões entre servidores e fornecedores de conteúdos, volta-se a especular sobre os perigos desta concentração de empresas para o tráfego igual para toda a Internet.

ZAP / Lusa

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