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Meco: amigas de uma das vítimas quebram silêncio

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r.vídeo TVI

Filipa Félix, Joana Barroso (ao centro) e Alícia Ventura

Filipa Félix, Joana Barroso (ao centro) e Alícia Ventura

Uma reportagem da TVI apresentou esta quinta-feira provas de que pelo menos uma das vítimas do Meco, Joana Barroso, sabia que ia ser praxada pelo “Conselho Máximo da Praxe” no fim de semana em que ocorreu a tragédia que vitimou seis estudantes da Lusófona.

Joana Barroso sabia que ia ser sujeita a uma praxe, conforme fica explícito na troca de SMS que manteve com duas amigas, Alícia Ventura e Filipa Félix.

Na troca de mensagens, Joana revela a Alícia que a praxe seria feita pelo Dux e por diversos “Honoris Dux“.

A malograda estudante confidenciou a uma amiga que a praxe iria ser “muito dura” e que “não tinha nada de chique ser praxada pelo mamute e por outros mamutes“.

“Mamute”, ou “bisonte, seria o dux João Gouveia, o único sobrevivente da tragédia, assim baptizado por Joana e pelas amigas.

Ainda segundo o que a TVI apurou, os bens de Joana Barroso e das restantes vítimas terão sido recolhidos da casa na praia por pessoas ligadas à Comissão Oficial de Praxe Académica (COPA) da Lusófona.

A pedido da família, as duas colegas foram levantar os pertences de Joana à Universidade e terá sido a Polícia Marítima, no Meco, a indicar o contacto de um cunhado de João Gouveia como sendo a pessoa que estaria a tratar dos bens das vítimas.

Segundo o testemunho de Filipa Félix, que entrou com Joana Barroso para a Lusófona mas não assinou o “termo de responsabilidade” da praxe e mudou entretanto de faculdade, Joana Barroso estaria “farta da COPA“. Alícia conta que havia noites em que Joana “chegava a casa a chorar“.

As colegas da estudante testemunham o sentimento de angústia da vítima da tragédia, e que “há muitas pessoas que querem falar mas não o fazem com medo das consequências”.

A reportagem da TVI no vídeo abaixo:

 

Sobrevivente diz que não houve praxe no Meco

O Correio da Manhã avançou, na edição desta sexta-feira, que João Gouveia foi ouvido pela Polícia Judiciária de Setúbal esta quarta-feira.

O único sobrevivente da tragédia do Meco terá sido inquirido em segredo, no Tribunal de Almada, onde negou que tenha havido qualquer tipo de praxe e garantiu que tudo não passou de um acidente, mantendo a versão que deu à Polícia Marítima.

João Gouveia defende que o grupo de estudantes foi para a praia com o mero intuito de conviver junto ao mar e que não obrigou ninguém a entrar na água. O ex-líder da praxe da Lusófona explica que Miguel Campos, o primeiro a ser resgatado do mar, era o único que estava com ele de pé. Os outros estavam sentados à beira mar, quando a onda gigante os arrastou.

ZAP

1 Comment

  1. Em poucas palavras e segundo o testemunho das amigas de uma das vitimas o sobrevivente esta a mentir.
    O joao gouveia vai carregar toda a vida as maos SUJAS de sangue

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